Um mau sinal é quando perdemos a direção da
eternidade e falamos demais das coisas terrenas e materiais. Um sinal terrível
de que estamos longe de Deus.
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras
não hão de passar” (Lc
21,33).
Amados irmãos e irmãs, em Nosso Senhor Jesus
Cristo, nós continuamos meditando o sentido escatológico da fé. Jesus, hoje,
nos chama à atenção para o discernimento das coisas, discernimento dos tempos e
discernimento das situações que nós precisamos aprender a ter.
Sim, nós sabemos discernir, muitas vezes, que a
aproximação de uma nuvem negra é sinal de que a chuva está vindo. Sabemos
discernir quando o vento está se aproximando de nós, etc. A humanidade, para
sobreviver e caminhar, precisa aprender a ler os sinais do tempo, das cores, do
sol, da lua e de tudo o que há de direção para a vida humana.
Da mesma forma, hoje, nós precisamos aprender a ler
os sinais dos tempos, precisamos saber entender as manifestações de Deus no
meio de nós; precisamos buscar a sabedoria d’Ele para saber como agir nesta ou
naquela situação. Precisamos saber que, quando a tribulação é grande demais, a
mão de Deus vai se manisfestar, a mão d’Ele vai tocar a realidade.
Precisamos saber que, quando as coisas se tornam
muito duras, Deus não está distante, o amor d’Ele se aproxima mais ainda para
nos redimir e nos salvar. O que falta no meio de nós é justamente o discernimento.
E uma vez que o discernimento de Deus vem ao nosso encontro, nós somos tomados
por uma sabedoria; e esta sabedoria nos dá sobriedade, nos dá paciência, nos dá
o fio da condução para não perdermos a direção da nossa vida; para caminharmos
dirigidos pelo Senhor nosso Deus.
É isso, meus irmãos, o céu e a terra passarão, mas
a Palavra de Deus jamais passará! Tudo que nós vemos em nossa frente, você pode
ter certeza de que um dia irá desaparecer, é tudo muito finito, limitado, tem
tempo de duração, de validade. Mas a Palavra de Deus, não! Ela é eterna! É por
isso que essa Palavra eterna alimenta a nossa vida e nos dá a convicção de que
vamos nos apegar, nos entreter e nos ater àquilo que é eterno.
Um mau sinal é quando perdemos a direção da
eternidade, é quando falamos demais das coisas terrenas e materiais. Um sinal
terrível de que estamos longe de Deus. E quando olhamos para as coisas apenas
com uma visão material, humana, perdemos o sentido sobrenatural, o sentido do
que é eterno, não sabemos ver, nas coisas, onde a mão de Deus pode agir e fazer
acontecer.
Nestes tempos – como já diz São Paulo – que são os
últimos, que tenhamos a sabedoria e o discernimento para compreendermos onde
Deus pode agir e está agindo, porque todas as coisas ocorrem para o bem
daqueles que esperam n’Ele, que fazem d’Ele o seu refúgio e a sua confiança.
EVANGELLI GAUDIUM A
expectativa pelo primeiro documento assinado pelo Papa Francisco (de
autoria individual, já que a Lumen Fidei foi escrita por ele e o Papa
Emérito) finalmente está suprimida, com a Exortação Apostólica Evangelii
Gaudium, a "Alegria do Evangelho" numa tradução livre. Ela revela (ou
confirma para muitos) os caminhos que serão traçados nestepontificado,
destacando o despojamento de estruturas que não ajudam a dinamizar a
Igreja e a críticas diretas à economia que gera abismos sociais e à
idolatria ao poder. Escreve também sobre a importância do papel da
mulher na Igreja. Para ter acesso à versão em PDF do documento acesse
clique aqui.
Nem tudo o que parece ser bom é bom, nem tudo o que
fala de Deus é, realmente, d’Ele, nem tudo o que faz milagres, significa que é
ação do Senhor.
“Cuidado para não serdes enganados, porque muitos
virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’” (Lc 21,8a).
Queridos irmãos e irmãs, ouvindo a Palavra de Deus
que vem ao nosso coração, no dia de hoje, vemos como é importante pedirmos a
Deus que nos dê sabedoria e discernimento, porque é tão fácil sermos enganados.
Quando vivemos na dúvida, na penumbra, nas incertezas da vida, o que mais vemos
é engano e ilusão. No mundo religioso, é muito fácil enganar e iludir, é muito
fácil persuadir as pessoas para que elas se enveredem pelos caminhos que não
levam à vida.
Nem tudo o que parece ser bom é bom, nem tudo o que
fala de Deus é, realmente, d’Ele, nem tudo o que faz milagres, significa que é
ação do Senhor. Por isso, meus irmãos, no tempo em que nós vivemos, no qual
existem tantas confusões religiosas, peçamos ao Senhor que nos dê sabedoria e
discernimento.
Eu gosto do diálogo ecumênico, trabalho para que
isto aconteça, gosto de dialogar, viver coisas boas em outras Igrejas e
religiões. Mas me dói o coração ver tantas pessoas de boa vontade serem
enganadas, iludidas, persuadidas a irem pelos caminhos errados, por falsas
filosofias, falsas religiões, falsos pregadores e falsos profetas.
Quando você vir uma religião, que fala mais de dinheiro
do que de Deus; quando você vir uma Igreja, que prega mais sobre o demônio do
que sobre Deus; quando você vir, até no meio de nós, a nossa pregação falar
mais em cura do que em Deus, algo está errado!
O que nós pregamos é Jesus o Senhor. O que devemos
pregar é Cristo crucificado, Aquele que é a salvação para a humanidade. Não
podemos nos deixar levar por aquilo que vem do falso, da ilusão em nome de
Deus, nem nos deixar atemorizar por pregações, filosofias, conceitos que,
muitas vezes, só nos enganam e nos desviam do único Senhor de nossas
vidas.
Jesus é o nosso Salvador! Permaneçamos firmes e que
Ele nos ajude sempre a andarmos pela estrada certa, porque só Ele é o caminho,
a verdade e a vida.
A celebração da Solenidade de Nosso
Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico onde meditamos,
sobretudo no mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus.
Durante
o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este significa para nós como
Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe
no mundo. Jesus responde ao Pilatos quando pergunta se na verdade Ele é o Rei
dos judeus: "Meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo,
meus súditos teriam combatido para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu
Reino não é daqui" (Jo 18, 36). Jesus não é o Rei de um mundo de medo,
mentira e pecado, Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz.
Cristo
Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que
Ele traçou, com sua Via Crucis, para o Reino de Deus. "Tu o dizes: eu sou
rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade.
Quem é da verdade escuta minha voz." (Jo 18, 37) Jesus nos revela sua
missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como
o demônio tentou Eva com enganos e mentiras para que fora desterrada, agora
Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao
Reino, quando qual cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz.
Esta
festa celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo que como pastor guia a sua
Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino
para que possa transformar o mundo no qual peregrina.
A
possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo, ao
nos deixar o Espírito Santo que nos concede as graças necessárias para obter a
Santidade e transformar o mundo no amor. Essa é a missão que lhe deixou Jesus à
Igreja ao estabelecer seu Reino.
Pode-se
pensar que somente se chegará ao Reino de Deus após passar pela morte mas a
verdade é que o Reino já está instalado no mundo através da Igreja que
peregrina ao Reino Celestial. Justamente com a obra de Jesus Cristo, as duas
realidades da Igreja -peregrina e celestial- enlaçam-se de maneira definitiva,
e assim se fortalece a peregrinação com a oração dos peregrinos e a graça que
recebem por meio dos sacramentos. "Quem é da verdade escuta minha
voz."(Jo 18, 37) Todos os que se encontram com o Senhor, escutam seu
chamado à Santidade e empreendem esse caminho se convertem em membros do Reino
de Deus.
"Por
eles eu rogo; não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus, e
tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu, e neles sou glorificado. Já
não estou no mundo; mas eles permanecem no mundo e eu volto para ti. Pai santo
guarda-os em teu nome que me deste, para que sejam um como nós. Não peço que os
tires do mundo, mas que os guarde do Maligno. Eles não são do mundo como eu não
sou do mundo. Santifica-os na verdade; a tua palavra é verdade." (Jo 17,
9-11.15-17).
Esta
é a oração que recita Jesus antes de ser entregue e manifesta seu desejo de que
o Pai nos guarde e proteja. Nesta oração cheia de amor para nós, Jesus pede ao
Pai para que cheguemos à vida divina pela qual se sacrificou: "Pai santo,
cuida em seu nome aos que me deste, para que sejam um como nós". E pede
que apesar de estar no mundo vivamos sob a luz da verdade da Palavra de Deus.
Assim
Jesus Cristo é o Rei e o Pastor do Reino de Deus, que nos tirando das trevas,
nos guia e cuida em nosso caminho para a comunhão plena com Deus Amor.
"Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a Coroa da Vida" (Ap. 2,10). Esta passagem da Escritura encontrava-se em destaque entre os pouquíssimos manuscritos de Frei Angelo Olginati, depositados sobre sua escrivaninha. O mencionado versículo expressa, de fato, sua fidelidade ao Senhor. Fidelidade na sua Vida Cristã, Franciscana, Sacerdotal e Missionária. Não tenho dúvidas que, após a longevidade de sua existência, vivida em permanente fidelidade ao seu Senhor, agora, Este, lhe outorgue a almejada Coroa da Vida! Sustentados por esta “Esperança que não defrauda” (Rom. 5,5), rendamos o preito da nossa gratidão fraterna a este nosso Irmão, frei Angelo Olginati, pelo Dom de sua Vida terrena dedicada à Missão no “Norte do Brasil”.
Irmãos, hoje, 20/11/2013, às 02h40min, no pleno silêncio da madrugada que guardava o anúncio de um novo dia, a Fraternidade Provincial foi despertada pela notícia do início da Vida Nova de frei Angelo Olginati, aos 90 anos de vida. No dizer do Padre João Mohana, devolvemos ao Pai “um verdadeiro filho de São Francisco”. Filho de São Francisco e filho dessa Província que ele escolheu para ser sua mãe Província. Abdicou de sua Província de origem, Pátria, língua materna, familiares e, incardinou-se na nova Província do MA/PA/AP, manifestando a sua firme decisão de ficar aqui até a morte, revelando assim, sua vida missionária despojada e inserida na realidade da própria Missão.
Frei João Francisco era o seu nome de Convento. Duas grandes pilastras da espiritualidade cristã. De João aprendeu o devoto amor à Mãe de Jesus. De Francisco aprendeu a chamar a Mãe de Jesus, de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula.
Ao desembarcar, já missionário, no Brasil, ficou encantado com o multitudinário coro de vozes que, no Rio de Janeiro, cantava louvores a Maria Imaculada, sua Rainha, porque rainha da Ordem. Frei João Francisco não hesitou em colocar-se sob o manto de Maria, “como um brasileiro apaixonado pela Mãe do Senhor”. Devoção que frei Angelo levou consigo até a morte.
No próximo dia 27/11/2013, frei Angelo Olginati faria 65 anos de Vida Missionária. Mas, quis o Senhor que, essa magna data fosse celebrada no céu. Deixou a Itália e chegou ao Brasil, sua “nova Pátria” no dia 17/11/1948. Veio ao Brasil antes da ordenação sacerdotal, portanto concluir os estudos teológicos. Um ano depois, aos 02 de abril de 1949, foi ordenado sacerdote do Altíssimo pela imposição das mãos do Servo de Deus Dom Antonio de Almeida Lustosa. As ordens menores recebeu das mãos de outro Servo de Deus: Cardeal Schuster.
Aos 26 anos de idade, aquele que, mais tarde, seria designado pelo Padre João Mohana como frade que tinha a “voz de leão e coração de pomba” estava pronto para empreender sua longa jornada missionária que abarcaria o percurso de seis lustros e meio. Ao lado de frei Davi de Miritiba, utilizando a sua “voz de leão”, iniciou-se no ministério da Pregação e, aos poucos, despontou como homem da Palavra e pregador das multidões.
Por outro lado, os penitentes se certificavam do seu “coração de pomba” na ternura e misericórdia que ele dispensava no ministério da reconciliação. Pelo timbre de sua voz parecia ser brabo, mas, pela ternura do seu coração, era terno e fraterno, irmão e amigo. Por seu caráter expansivo anima os encontros fraternos, como por exemplo, no refeitório e no recreio, animava-os com suas anedotas e experiências cômicas.
Com essas qualidades foi Guardião no Convento do Carmo, Vigário em Bujaru e no Anil. Depois de 22 anos no Convento do Carmo, em São Luís, quando os frades o provocavam que o deixaria chorando, respondia: “não me casei com o Carmo!” Quando via que alguém fazia uma asneira gostava de dizer: “cria juízo cachorrinho!” Em outras ocasiões dizia: “juízo e vergonha”. Depois de sua longa estada no Convento do Carmo, frei Angelo integrou as Fraternidades de Belém, Macapá, Capanema e Belém, onde se preparou para o grande encontro com o Senhor.
“Eterno Assistente Espiritual da OFS”
Palavras da Irmã Teresinha Moreira, então Ministra Regional da OFS, Regional Norte II, dirigidas a frei Angelo Olginati, após 22 anos (1974/1996) de fecundo apostolado entre os Irmãos Franciscanos Seculares. Reconhecemos frei Angelo o seu esforço para manter vivo e operante o carisma Franciscano Secular entre os Irmãos da Terceira Ordem; testemunhamos o quanto te sacrificaste em viagens intermináveis, para assistir as Faternidades e dá-lhes formação. Com teu serviço abnegado, reconhecemos o quanto cresceu e se desenvolveu a OFS sob o teu pastoreio evangélico.
Destaco aqui o zelo com que cuidavas da OFS, para quem mandaste imprimir a “Regra e Vida” e, não satisfeito, porque querias que os Irmãos conhecessem o verdadeiro espírito do pai São Francisco, compilaste o “Catecismo da Regra e Vida”. A Ordem Franciscana Secular te é grata, por isso, fez chegar ao teu coração de Pastor, a síntese de uma verdade ímpar: “serás nosso eterno Assistente Espiritual”.
Verdade, pois, por onde passamos os Irmãos te recordam com gratidão. Frei Angelo te peço que, do céu, intercedas pela OFS da nossa Circunscrição Provincial e pede ao Senhor que suscite entre nós, a “generosas disponibilidades” dos Irmãos, para continuarmos a nossa missão junto a Terceira Ordem que tu tanto amaste.
“Tenho dito!”
Apagou-se entre nós aquela formal conclusão das tuas intervenções nas nossas Assembleias e Capítulos: “tenho dito!” O Senhor te chamou no momento que a Província celebra a IV Assembleia Provincial; desta vez sobre o tema das Obras Sociais. Tu que foste muito sensível às necessidades dos pobres, “diz ao Senhor” que nos desperte da inércia da acomodação, e lance na dinâmica do serviço humilde aos mais pobres. Frei Angelo, nós teus Irmãos, daqui a pouco iremos te deixar, por uns dias, na Necrópole de Santa Izabel para que se cumpra a Palavra do Senhor: “Tu és pó e ao pó voltarás”, mas, no tempo oportuno te traremos de volta, pois, o teu lugar, até o dia da ressurreição dos mortos, é aqui, no jazigo dos frades, junto dos confrades que te precederam na mansão dos mortos. Adeus frei Angelo, muito obrigado pela sua presença fraterna entre nós. Fique certo, das preces e sufrágios dos seus Irmãos dessa Província Nossa Senhora Carmo, daquela de São Carlos na Lombardia, e tantos Irmãos da Ordem Franciscana Secular. Descanse em Paz frei Angelo!
Notas biográficas de Frei Ângelo Olginati:“Um verdadeiro filho de São Francisco!”
Frei Angelo Oliginati, OFM. Cap.
Função: Assistente Emérito da OFS do MA/PA.
Local do Nascimento: Bosisio Parini – Lecco – Itália.
Data do Nascimento: 04 de abril de 1923
Pais: Emílio Olginati e Ambrogina Limonta
Vestição Religiosa: 24 de julho de 1942
Nome Religioso: Frei João Francisco de Bosisio Parini.
Profissão Temporária: 25 de julho 1945
Ordenação Sacerdotal: 02 de abril de 1949
Conquista: 65 anos de Vida Missionária.
Falecimento: Belém do Pará, 20 e novembro de 2013!
Frei José Rodrigues de Araújo (OFMCap) - Uma vida inteira dedicada a anunciar o evangelho de Cristo. Assim, em poucas palavras, pode ser definida a vida ministerial de Frei Rodrigo, 58 anos, com 42 anos de vida religiosa e 30 anos de sacerdócio. saiba mais