quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quebrar imagens é uma atitude evangélica?

by on 18:15
Têm-se repetido, no país, atitudes agressivas contra a Igreja Católica no que diz respeito ao direito de praticar sua fé que inclui a veneração (não adoração) de imagens. Não entrarei aqui na discussão dos argumentos sobre a legitimidade bíblica e histórica a respeito do uso ou não de tais símbolos, mesmo porque, no meu entender, a questão já foi resolvida no II Concílio de Nicéia, no ano de 787, e seria perder o tempo e a paz, ficar discutindo algo já definido por cristãos do oriente e do ocidente.
No caso atual em nosso país, trata-se de um problema sério que fere a legislação a respeito da liberdade religiosa. Não há dúvida que nossos governantes devem estar atentos para que não se desenvolva um clima de odium religionis e isto venha a terminar numa verdadeira guerra entre adeptos de crenças diferentes, o que não interessaria a ninguém.
Quarta feira, dia 16 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo, aconteceu mais um ato de vandalismo religioso, o terceiro em poucas semanas, desta vez na cidade de Sacramento-MG. Um rapaz de 20 anos que se apresentou como evangélico quebrou as imagens de uma igreja, destruindo inclusive peças de grande valor artístico tombadas por órgãos governamentais de proteção ao patrimônio histórico. Aprisionado, o tal rapaz se disse doente mental, tendo sido até mesmo internado em clínica para tratamento desta natureza. Geralmente, quando acontecem estes desrespeitosos atos de violência e fanatismo, aparece um advogado para defender o réu com tal argumentação e tudo fica por isso mesmo.
Certo é que os casos de agressão religiosa deste tipo, e desrespeito à crença alheia, têm sido praticados por pessoas que se dizem evangélicas. Não temos notícias, s.m.j, de católicos que tenham invadido igrejas não católicas para praticar agressões por motivos religiosos, nem mesmo sendo doentes mentais saídos de alguma clínica. Isto não quer dizer que os católicos sejam melhores que os evangélicos e nem que os evangélicos sejam melhores que os católicos, mesmo porque os evangélicos autênticos nunca fariam tais agressões, pois qualquer vandalismo, desrespeito, atitudes violentas e preconceituosas não são evangélicas e seriam um contra-senso. As atitudes iconoclastas praticadas em várias partes do Brasil ultimamente têm sido condenadas por Pastores evangélicos e outros membros de várias correntes não católicas, o que nos dá a certeza de que os vândalos que invadem igrejas ou quebram imagens não são verdadeiros evangélicos, mas muito mais usurpadores deste nome. Estou convicto de que, se houver algum Pastor que incentivasse isto, certamente não encontraria apoio em seus irmãos de crença que sejam sérios. Seriam, inclusive, co-autores do ato criminoso.
Tenho muitos amigos evangélicos, inclusive vários Pastores de mentalidade aberta e de espírito respeitoso que se reúnem comigo para a oração e para iniciativas inter-confessionais em favor da vida, dos bons costumes e dos princípios cristãos. O Movimento Ecumênico é belamente praticado hoje no Brasil e no mundo por Igrejas Evangélicas, Ortodoxas e Católica através do CONIC (Conselho Mundial das Igrejas Cristãs). A ele a CNBB tem dado total apoio. Também o movimento EnCristus, bem como outras iniciativas, têm sido uma bênção de Deus neste caminho de respeitosos diálogo. Motiva-nos a fé em Jesus Cristo e a certeza de que o que nos une é muito mais forte do que o que nos separa.
Além do perdão que nós católicos oferecemos aos nossos agressores, penso que todos os que cremos em o nome de Jesus, devemos colaborar para que atitudes como estas sejam totalmente eliminadas dentre nós. Afinal Jesus nos ensina com sua oração: Pai, que todos sejam um como eu e tu somos um, para que o mundo creia (Jo.17,21); e ainda: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.(Jo.15,12).
Além disso, que as autoridades governamentais tomem atitudes que defendam o direito dos brasileiros de praticarem livre e pacificamente a sua fé.
Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

terça-feira, 29 de julho de 2014

O trabalho deve estar unido à vida de oração

by on 08:12

Ao celebrarmos hoje o Dia de Santa Marta, a mulher do trabalho, queremos pedir a Deus a graça de trabalhar sem nos esquecermos de contemplar e orar.

“Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa” (Lucas 10, 38).

A liturgia nos dá a graça de celebrarmos hoje a festa de Santa Marta, a irmã de Maria e de Lázaro. Marta, a hospedeira de Deus, a mulher que tem o dom da acolhida, a mulher laboriosa, do trabalho. Vemos Jesus a comparando à sua irmã, Maria, porque, ao chegar à casa de Marta, Ele é acolhido com muito amor por ela, pois Ele é de casa. E Maria vai aos pés de Jesus dar atenção ao Senhor e Marta dá atenção a Ele de outro modo, cuidando da casa, da refeição, da comidinha para que Jesus se sinta bem também.

Marta reclama ao Senhor: “Peça para que minha irmã venha aqui trabalhar comigo, adiantar o serviço. O Senhor responde: “Marta, Marta estas inquieta, preocupada com muitas coisas. Maria escolheu a melhor parte e esta jamais lhe será tirada“.

Maria escolheu a parte da contemplação; Marta escolheu a parte da ação, do trabalho. Não é que as duas coisas sejam contrapostas ou opostas uma a outra; é que uma depende da outra. Não adianta vivermos só contemplando, rezando e meditando se não colocamos em prática aquilo que nós tanto meditamos e contemplamos e não trabalhamos com as nossas próprias mãos para construir um mundo novo e para ganhar o pão de cada dia para o nosso sustento.

Até as irmãs contemplativas no seu mosteiro, no seu carmelo, trabalham com as próprias mãos para fazer o Reino de Deus acontecer. Mas não adianta só trabalhar, não adianta simplesmente correr, labutar, levar uma vida frenética que, muitas vezes, nos deixa estressados, cansados e fadigados na vida, se não tivermos tempo para repousar o coração em Deus, para a contemplação, para a meditação, para a reflexão e para a busca do nosso interior.

Ao celebrarmos hoje o dia de Santa Marta, a mulher do trabalho, queremos pedir a Deus que nos dê o dom de saber trabalhar sem nos esquecermos de O contemplar. Que Deus nos dê mãos para edificar o Seu Reino, para trabalharmos numa vida justa, mas sem nos esquecermos de levar o nosso coração a Ele, sem nos esquecermos de priorizar a oração, de preencher o nosso trabalho e as nossas ocupações com a presença divina.

Que, ao longo do nosso dia, por mais que estejamos trabalhando com Deus e para Ele, tenhamos um tempo e um canto para estar aos pés do Mestre, servindo-O, escutando-O e deixando que Ele fale ao nosso coração e direcione a nossa vida e nos mostre o caminho que devemos seguir a cada dia!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

sábado, 26 de julho de 2014

Enquanto houver disputas, o Reino de Deus não produzirá frutos

by on 09:56

“Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo” (Mateus 20, 26-27).

Nós, hoje, celebramos na liturgia o apóstolo São Tiago, irmão de João e um daqueles três discípulos que estão sempre próximos de Jesus em ocasiões-chave da vida do Mestre. Quando Ele sobe ao Monte Tabor, quando Ele está sozinho no Horto das Oliveiras; em alguns momentos sempre estes três estavam junto d’Ele: Pedro, Tiago e João.

Nós hoje celebramos Tiago Maior, um dos filhos de Zebedeu, e é justamente assim que nos apresenta o Evangelho: a mãe dele, Salomé, e em outra narração do Evangelho, os dois filhos dela vão até Jesus pedir-Lhe para se sentarem no primeiro lugar no Reino de Deus, um à direita e outro à esquerda. Seja a mãe que manifesta a ambição de seus filhos, seja o filho, seja cada um de nós que manifestamos nossas ambições para Deus.

Nós queremos hoje aprender com esse diálogo entre os filhos de Zebedeu e o Senhor a medir também as nossas ambições, porque, no mundo em que vivemos “ser o primeiro, estar em primeiro” significa muita coisa humanamente falando. É objeto dos desejos humanos, queremos ser o primeiro filho, o primeiro da escola, queremos ser os primeiros em notas, em reconhecimento; o melhor amigo, o primeiro do coração desse, do coração daquele. Enfim, há uma ambição de reconhecimento, de valorização e de supervalorização. E quando isso move o coração humano de um jeito ou de outro, isso tira a paz do coração da pessoa.

Na Igreja isso, muitas vezes, acontece quando as pessoas supervalorizam o lugar, o cargo, o título, ou seja, lá o que for. Mas Jesus hoje é categórico ao dizer que aquele que quiser ser o primeiro não tem problema, mas deve entender que ser o primeiro quer dizer ser servidor, estar a serviço de todos, se humilhar e se colocar em último lugar.

A Igreja não deveria ser constituída de lideranças, mas de servos, de servidores, de homens e de mulheres que se colocam à disposição e a serviço do Reino de Deus.

Enquanto houver disputas, enquanto houver valorização de títulos e de cargos, em qualquer lugar, o Reino de Deus deixará de crescer, de florescer e produzir muitos frutos. No coração de Jesus é de lá que nós não queremos sair, é de lá que queremos reinar eternamente.

Os últimos serão os primeiros, portanto, quem deseja ter um lugar único no coração de Deus comece a servir, comece a não buscar a valorização nem o reconhecimento humano, e a doar na gratuidade o seu coração para o serviço de Deus! Foi por isso que São Tiago entendeu a mensagem do Mestre e foi o primeiro a ser martirizado entre os doze apóstolos, dando a vida pelo Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Que Nossa Senhora do Carmo faça de nós verdadeiros seguidores de Jesus

by on 09:31

Que Nossa Senhora nos ajude a não sermos meros ouvintes da Palavra de Deus. E que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.

A Igreja hoje nos dá a graça de celebrarmos a festa de Nossa Senhora do Carmo; de lembrarmos que a Virgem Maria se manifestou a São Simão Stock, que recebeu o escapulário com a promessa da sua proteção constante em todas as situações da vida.

Hoje a Palavra de Deus nos ajuda a compreender o papel que a Mãe de Jesus ocupa em nosso coração. Nós amamos e veneramos Maria por um privilégio e uma graça sem igual que ela recebeu de Deus: ela foi escolhida para ser a Mãe do Senhor. Mas esse privilégio e essa graça que ela recebeu do Céu teriam se tornado inócuos, vazios e até perderiam o sentido se Maria não tivesse se tornado também discípula de Jesus, seguidora do Senhor. E uma vez que ela se tornou discípula e seguidora do Senhor, ela colocou em prática em sua vida a vontade do Pai. Aquela que é Mãe se faz serva; aquela que é Senhora se faz discípula.

Maria nos ensina que, no Reino de Deus, não é quem é grande, não é quem tem títulos, não é quem se acha isso ou aquilo que se torna discípulo segundo a vontade do Pai, mas sim aquele que está disposto a aprender e ter o seu coração moldado segundo a vontade de Jesus. Maria é aquela que ensinou Jesus a andar, a falar, foi aquela que carregou consigo Jesus, mas foi também aquela que aprendeu com o seu Filho o sentido do Reino de Deus.

Nós, hoje, queremos olhar para a Virgem Mãe e Senhora do Carmo e pedir que ela também nos ensine a entrarmos na escola de Jesus, para aprendermos com Ele o sentido e a direção da vida. Que a Virgem Maria nos ajude a não sermos meros ouvintes da Palavra de Deus. Que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo   

segunda-feira, 14 de julho de 2014

15 anos de Província “personalidade própria, encarnada na Igreja e na cultura no Norte e Nordeste do Brasil”

by on 10:59


A Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, nestes 15 anos de fundação tem buscado um estilo próprio de viver o carisma franciscano-capuchinho com personalidade própria, encarnada na Igreja e na cultura no Norte e Nordeste  do Brasil (Maranhão, Pará e Amapá).

Através de capítulos, assembleias, encontros regionais, retiros... A Província vai delineando o seu rosto, melhorando a organização, assumindo o seu crescimento, repensando a sua presença e atuação, num clima de comunhão e participação, à maneira de um corpo com muitos membros, bem unidos, em que todos se empenham em ser e atuar como Capuchinhos, em terras do Maranhão, Pará e Amapá.

Homenagem carinhosa aos pioneiros que ainda vivem em nossa Província:
- Frei Gentil Gianellini
- Frei Ângelo Falomi
- Frei Pedro Antônio Zanni
- Frei Rogério Beltrame
- Frei Luís Spelgatti
- Frei Leonardo Trota
- Frei Dom Franco Cutter
- Frei Lauro Crivellaro
- Frei Luís Rota
- Frei João Franco
- Frei João José
- Frei Luís Giudici
- Frei Inocêncio
- Frei Narciso
- Frei Apolônio Troesi

Homenagem aos confrades que estiveram conosco:
São numerosos os confrades que estiveram em nossa Província e que regressaram à Província-Mãe. De todos eles guardamos boas lembranças e saudades. De uma forma ou de outra, eles nos ajudaram a construir a história da Província. A eles nossa sincera homenagem.
- Frei Antônio Vegetalli
- Frei João de Deus
-  Frei Aligi Quadri
- Frei Defendente
- Frei Pascoal Rota
- Frei Aquilino
- Frei Liberato
- Frei Dom Serafim  
- Frei Redento Bonaci
- Frei Ulderico
- Frei Alessandro
- Frei Cristóvão
- Frei Evaldo

Homenagem póstuma aos confrades que partiram:
- Frei Narno Galli
- Frei Benjamim
- Frei Elias Baldelli
- Frei Ângelo Oliginati
- Frei Ernesto Vertova
- Frei Jesualdo
- Frei Ambrósio
- Frei André Sparda
- Frei Hermes
- Frei João Paulo
- Frei Cesar (fr. Apolinário)
- Frei Aristides
- Frei Tadeu
- Raimundo Vale
- Frei Paulino
- Frei Tomé
- Frei Osvaldo Coronini
- Frei Dionizio Guerra
- Frei Dom Adolfo Bossi

(Existem muitos outros que se doaram na missão e que foram fundamentais na construção da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, a todos eles nossa gratidão eterna e nossas orações).   


sexta-feira, 11 de julho de 2014

15 anos de Província: “Um olhar no retrovisor da história”

by on 17:27

Celebrar 15 anos da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo significa “olhar no retrovisor da história com um olhar critico e provocador em vista do presente e do futuro”. Esta história nos desafia para a ousadia, para a determinação da não repetição. Esta história nos faz lembrar o ano de 1999 quando recebemos a visita canônica do Definidor Geral para a América Latina, frei Andrés Stanovnik a fim de serem avaliadas as efetivas condições de passagem da então Vice-Província para a Província autônoma, após cuidadoso e prudente exame por parte do Ministro Geral e de seu definitório foi expresso um parecer favorável quanto à constituição da nova Província. Assim no dia 04 de agosto de 1999 pelo Ministro Geral Jonh Corriveau foi proclamado solenemente o nascimento da nova província sob o título de Nossa Senhora do Carmo em São Luís do Maranhão.

Portanto, celebrar 15 anos de fundação é fazer ecoar, com renovado ardor, o apelo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em terras do Maranhão, Pará e Amapá que por vocação são portadores do dom do Evangelho numa evangelização direcionada a todas as pessoas independente de classe social ou de raça.

Que nós, Frades da Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, neste mês de ação de graças, “inflamados pelo desejo da perfeição de Cristo”, possamos na nossa permanente formação, como nos interpela o Papa Francisco, ser “religiosos fecundos” para testemunharmos nossa verdadeira catolicidade na “beleza da nossa consagração”, vivida na “alegria”. E que o Senhor nos abençoe e nos guarde!


Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo completa 15 anos de fundação

by on 10:21
Fotos de Arquivo da fundação da Província

A Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo completa 15 anos de fundação. Para celebrar, os frades Capuchinhos se reúnem entre os dias 15 e 16 de julho no Convento do Carmo em São Luís. Durante o evento serão comemoradas as conquistas e os trabalhos de evangelização realizados ao longo desse período pela Ordem.

O status de província autônoma foi conquistado em 4 de agosto de 1999 após visita canônica do Definidor Geral para a América Latina, frei Andrés Stanovnik sob solicitação do Ministro Provincial Frei Maurizio Annoni e do então Vice-Provincial frei Gentil Gianellini, ao Ministro Geral, frei Jonh Corriveau.

A Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo tem sua presença religiosa geograficamente no eixo Norte e Nordeste do Brasil (Maranhão, Pará e Amapá) e suas fraternidades estão, em boa parte, localizadas em centros urbanos, embora atenda a um número expressivo de comunidades rurais. Esses emissários da Palavra de Deus tem um trabalho voltado para evangelização partilhada com os leigos a exemplo de São Francisco de Assis e de tantos irmãos que souberam ao longo da história colocar seus dons ao serviço da Boa Nova.  

Parabéns aos frades e a Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, pelos seus 15 anos de autonomia e serviço aos irmãos e ao Reino de Deus.

Frei Rodrigo 


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Logo oficial da JMJ 2016 é lançado em Cracóvia

by on 09:47

O logotipo é composto por três cores: azul, vermelho e amarelo, que se referem às cores oficiais de Cracóvia e ao seu brasão. A logomarca combina três elementos: o lugar, os personagens e o tema do evento: “Benditos são os misericordiosos, pois eles receberão misericórdia”  (Mt 5,7).

No logo está inserida uma cruz para representar Jesus Cristo como o centro do encontro. A centelha da Divina Misericórdia sai da cruz, e a forma e cor referem-se à gravura “Jesus, eu confio em Vós”, pintada a pedido de Jesus Cristo nas aparições à Santa Faustina.

Cracóvia é marcada no logo com o contorno e um círculo, que também representa a juventude. Esse simbolismo tem sido usado nos logotipos das Jornadas anteriores.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Davi, humilde e escolhido

by on 08:24

O homem contemporâneo vive com uma constante dúvida: “Quem sou eu?”. Santa Terezinha nos diz: “Eu sou o que Deus pensa de mim”. E só é possível descobrir o que Ele pensa sobre nós na presença d’Ele. O primeiro chamado do Senhor na vida do homem é a santidade; e ser santo é estar constantemente com o Senhor. O Catecismo da Igreja Católica nos diz que “todos os homens são chamados ao mesmo fim, o próprio Deus” (§1878).

Vivendo na presença do Pai, Ele próprio nos desperta para o questionamento: “Qual a minha vocação?”. Essa é uma resposta que só poderá ser encontrada se estivermos próximos ao Senhor, pois é Ele quem nos chama, e é a Ele que devemos responder. Nesse contexto, Davi nos traz um exemplo de quem andou na presença de Deus e assim correspondeu, com humildade, à escolha do Senhor para sua vida.

No texto de I Samuel 16, 10s, encontramos um detalhe na escolha de Davi como Rei de Israel.“Jessé fez vir seus sete filhos à presença de Samuel, mas Samuel disse: ‘O Senhor não escolheu nenhum desses”’. O número sete na Bíblia faz menção à perfeição. Jessé traz o melhor que tem para oferecer a Deus, mas não chama Davi, pois ele ainda era um menino. Aos olhos humanos, Davi era inapropriado para assumir o reinado. Se continuarmos a leitura, veremos que não é o Pai quem menciona Davi, mas é o profeta quem pergunta: “Todos os seus filhos estão aqui?” (Conf. I Sm 16, 11). Podemos perceber que Davi não era uma opção considerável para seus familiares, mas assim que Samuel o viu, declarou: “Eis o escolhido!”.

Diante dessa seleção do Senhor, Davi permanece pastor de ovelhas, continua servindo a seu pai e a seus irmãos. Mas a maneira como ele responderá aos acontecimentos do seu cotidiano não será o mesmo, pois contará com o auxílio do Espírito Santo, que lhe fora enviado por Deus.

Hoje, quando ouvimos falar de Davi, vemos que é dado ênfase a seu grande reinado; fala-se que ele foi um guerreiro corajoso e vitorioso. Mas é em sua juventude que encontramos o ponto chave de sua vocação. Desde menino, ele esteve, constantemente, na presença do Senhor.

Não sabemos se Davi entendia plenamente o significado da unção que lhe foi dada, mas podemos notar que ele não buscava Deus como um meio de se promover, não procurava idealizar os projetos que o Senhor faria a partir da unção que recebeu do profeta. Nosso personagem não cria expectativas futuras, pois tem um coração humilde e não vive de projeções fantasiosas. Davi dedica-se a desfrutar do presente que o Senhor lhe proporcionou.

É bonito percebermos como Deus é o grande amigo do menino. A Ele Davi dá toda honra e todo mérito, pois sabe de sua pequenez e reconhece que “foi o Senhor quem o livrou das garras do leão e do urso, e também das mãos do filisteu Golias” (Conf. I Sm 17, 37).

Tudo o que vem, depois, na vida de Davi, é uma consequência de estar sempre na presença de Deus. Essa é a vocação primeira para a qual o Senhor chama o pequeno pastor de ovelhas e também nós. Viver uma vida próxima de Deus é o ponto chave para que tenhamos condições de corresponder, e bem, aos projetos do Senhor que vão se apresentando em nossa caminhada.
Davi nos ensina que só um coração humilde e puro pode ser totalmente dócil à escolha de Deus. E essa característica o acompanha por toda a sua vida. Davi é um homem adorador!
Há uma vocação para a qual o Senhor nos convida. Há um lugar onde podemos nos realizar e viver plenamente o dom que somos. Davi nos ajuda a descobrir e a realizar o projeto de Deus em nossa vida; o segredo está em permanecermos no coração do próprio Deus. “Fizeste-nos para ti, escrevia Santo Agostinho, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em ti.” (Confissões 1,1).
Que não tenhamos medo de encarar o desafio que o Senhor nos faz ao nos convidar para o Seu seguimento. É no dia a dia que Ele nos conduz e nos revela o Seu desejo. Para alcançarmos os grandes picos, para o qual o Senhor quer nos levar, precisamos trilhar os pequenos passos que nos cabe. “Não devemos ter medo do que Deus nos pede nas circunstâncias da vida”, nos disse Bento XVI. O alimento que nos sustenta na caminhada é o próprio Deus.
Texto: Paulo Pereira

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A importância dos laços de amizade

by on 16:17

A necessidade dos laços de amizade para o desenvolvimento humano

“Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro!” A vida é feita de momentos recheados de experiências humanas que fazemos uns com os outros.

Quando bebês, a primeira pessoa que nos socializa é nossa mãe; em seguida, nosso pai ou aquelas pessoas que cuidaram de nós. São eles quem nos dão a primeira oportunidade de sairmos do contato com o nosso mundo particular e nos inserirmos num mundo coletivo, de várias experiências.

São esses contatos que nos possibilitam as primeiras relações sociais e com elas os laços de amizade vão se formando.

Com amigos aprendemos também outros valores, criamos habilidades de relacionamento, de interação e estabelecimento de vínculos que podem durar por toda a vida.

Busquei várias definições para amizade e umas delas chamou-me bastante à atenção: “Entende-se a amizade como uma interação íntima, espontânea e recíproca entre duas pessoas, caracterizada por um forte componente afetivo (Bukowski e cols., 1996).”

Amizade é aquele ato que temos fora do círculo familiar, ou seja, que construímos a partir das relações com outras pessoas; certamente, é um processo importante, até porque somos constituídos de dimensões variadas, ou seja, uma dimensão afetiva, biológica, cognitiva e sociocultural, todas inter-relacionadas e que surgem a partir do contato com outras pessoas e outros contextos.

Em cada etapa da vida os amigos aparecem de uma maneira. Na adolescência, é gritante a forma como a amizade toma um papel diferencial no contato com o outro. Os amigos são tão importantes e influentes, que o jovem, a depender das escolhas que faz, pode seguir por caminhos positivos ou negativos.

Na infância, amigos podem ter um papel de troca de experiência, de brincadeira, afeto e divertimento. Com o crescimento da criança, começam os laços de confiança, lealdade e intimidade, tendo em vista interesses comuns, bem como comprometimento tanto para manter como para criar novas amizades. Incluem-se, nessas amizades, a competição e os conflitos típicos. (Bukowski e cols., 1996; Hartup, 1999)

Nas amizades, exercitamos o perdão, a caridade, o sair de si para ajudar o outro, fato que está tão esquecido numa sociedade egoísta e autocentrada. Nosso grande desafio é o cultivo de amizades sadias, que podem ter um efeito positivo em nossa vida. Amigos não só elogiam; amigos verdadeiros falam também as verdades que podem doer, mas são aqueles com quem podemos contar, rir, desabafar, chorar, ser apoio e nos apoiar.

Amigos de verdade nos entendem apenas com um olhar, pois sabem de nossa essência; e como nos diz a citação: “Quem tem um amigo encontrou um tesouro!”.

Fica um convite para você: mande um “olá” para aquele seu grande amigo ou amiga, estando ele perto ou longe! Certamente, você fará o dia dele ser diferente!

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional

terça-feira, 1 de julho de 2014

Não deixemos que o medo fale mais alto do que a nossa fé

by on 08:19

O homem de fé e a mulher de fé não são movidos pelo medo. Não deixe que nenhum medo e nenhuma ansiedade falem mais alto do que a sua fé.

“Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?’ Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria” (Mateus 8, 26). 

Seguindo Jesus pelas estradas deste mundo nós estamos sempre enfrentando tempestades. E nossas tempestades não são apenas no mar – são na terra, no trabalho, na casa, na família, onde quer que nós estejamos o mar se agita. Agita-se, muitas vezes, primeiro dentro de nós, levantamos e parece que vem uma onda querendo nos levar e nos fazer sucumbir, parece que o mundo vai cair sobre nossa cabeça.

Algumas vezes, aconteceu uma coisa pequena e para nós se tornou algo tão grande; como diz  o ditado: nós até fazemos tempestade num copo d’água. Mas não podemos negar que, muitas vezes, os problemas se acumulam realmente e dentro de nós as coisas se tornam grandes. Nessas horas o coração não se acalma, se agita e se enche de devaneios e, dessa forma, ele é movido pelo medo e pela ansiedade e – quando estes sentimentos se juntam dentro de nós  – a angústia vem para nos preocupar, nos perturbar e nos deixar fracos.

Basta não sermos compreendidos, não sermos amados, basta recebermos uma má resposta ou sermos ignorados por alguém que queríamos ser lembrados ou exaltados. Basta as coisas não acontecerem do jeito que esperávamos ou do jeito que achávamos que deveria ser, do nosso jeito ou como planejamos, um estremecimento começa a tomar conta de nós.

Mas se pararmos para analisar a nossa vida, encontraremos tempestades para todos os lados e aí o grande mal: o coração se agita, a mente se perturba, muitas vezes, não dormimos, somos tomados pela insônia, pela intranquilidade e pedimos: “Senhor, socorre-nos! Senhor, salva-nos, estamos perecendo!”.  Mas o Senhor está ao nosso lado e parece que está dormindo.

O Senhor é aquele que segue a brisa leve, a brisa mansa. Onde a tempestade se agita, a mansidão do Senhor vence toda a euforia dos mares da vida.

Acalme o seu coração, não deixe que nenhum medo e nenhuma ansiedade falem mais alto do que a sua fé. O homem de fé e a mulher de fé  não são movidos pelo medo, não são tomados pela ansiedade, mas se entregam aos braços de Deus, pois Ele mesmo toma conta daquilo que agita a nossa alma e daquilo que agita a nossa vida.

Que Deus hoje acalme o seu coração e o ajude a experimentar a cada dia a brisa leve do Seu Espírito!

Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

Celebração de 30 anos de Sacerdócio

Dona Gentileza

Posse de Frei Rodrigo na Cohab - 25/02/2018

Fachada do CCSF

Corpus Christi 2017

CANTOS FRANCISCANOS

Homenagem 30 anos de Sacerdócio

25 anos de Sacerdócio de Frei Rodrigo

25 anos de Sacerdócio em Imperatriz

Conheça Capanema

A cidade de Capanema está distante 160 km de Belém pela rodovia BR 316. Saiba mais

Aniversário 16 de maio de 2013

Seja um Católico praticante! Exerça a sua fé! Ame a sua Igreja!

Bem Vindos à sua casa

25 anos de sacerdócio de Frei Rodrigo

Jerusalém

Frei Rodrigo em visita à Gruta de São Jerônimo

Festa de Corpus Christi

História da Paróquia

Paróquia

Paróquia Nossa S. do Perpétuo Socorro

A Primeira Missa foi celebrada, no então povoado de Capanema, na noite de Natal (24-25 de Dezembro) de 1912.
saiba mais