Todos nós temos os nossos hobbies e não seria diferente comigo. Duas coisas gosto de fazer: bater um belo papo com amigos em uma mesa de cozinha e, a segunda é ler um bom livro. É muito difícil que eu passe um dia ser ler. Todos os dias arrumo um tempo para ler jornais, revistas, assistir os noticiários na TV e, é claro ler um livro. Chego às vezes a ler mais de dois livros ao mesmo tempo.
Nestes últimos anos tenho viajado constantemente e uma coisa que não deixo faltar na minha bagagem é um livro. Procuro chegar aos aeroportos bem antes do horário marcado e os frades me perguntam o porquê de tanta pressa: O motivo é que em todos os aeroportos tiro um tempo para visitar as livrarias para olhar os últimos lançamentos publicados. É muito difícil entrar em uma livraria e não comprar um livro. Às vezes fico atordoado e em dúvida diante de tantas opções, mas como não tenho condições financeiras de comprar e nem de ler todos eles, estou sempre à procura das melhores opções.
Outro dia visitando uma destas livrarias de aeroportos, um livro me chamou a atenção: “Os 100 Livros que mais influenciaram a humanidade”. Dei uma olhada superficial e logo de cara me fascinei. É um livro com quase setecentas páginas. Não é um livro para ser lido de uma vez, mas ser saboreado lentamente.
“Os 100 Livros que mais influenciaram a humanidade”, é uma maneira de observar como o conhecimento foi retratado e registrado na maneira mais inteligente de transmiti-lo: a escrita. É claro, que em tempos atuais, dominados que somos pela televisão, quando se diz que uma imagem (ou, pelo menos, um audiovisual) vale mais que mil palavras, a importância do livro pode ser colocada em dúvida. Entretanto, sou da antiga, ainda acho que boas mil palavras valem mais que um milhão de imagens.
O autor, Martin Seymour-Smith, falecido em 1998, aos 70 anos, se sai muito bem na empreitada. Seu livro equilibra a descrição das obras selecionadas, comentando a obra do autor, situando o contexto da época, mais o resumo biográfico do escritor e algumas tiradas sarcásticas em relação às pessoas e outras obras famosas, apesar de sua notória mediocridade. Seymour-Smith nos conduz através da evolução da filosofia, comparando suas propostas e a evolução dos modelos. A partir de 1500, com a aceleração da ciência matemática e da física, ele também se sai bem na apresentação de seus gênios mais ilustres. O retrato abrangente torna saboroso apreciar as querelas entre Leibniz e Newton, ou a dificuldade de Einstein em aceitar o modelo quântico. .
O leitor tem neste livro a oportunidade de verificar a inter-relação entre modelos de pensamento brotando em pessoas e épocas diferentes. Na apresentação de Sobre a Liberdade (1859), de John Stuart Mill, nos deparamos com a discussão do conceito de felicidade geral. Será que a felicidade de cada pessoa ser boa para ela implica que a felicidade de todos é individualmente boa para cada pessoa? Já, Pareto, em 1916, colocando a felicidade em termos econômicos, afirmava que "a economia atingia o máximo de eficiência somente quando era impossível melhorar a situação de um indivíduo sem prejudicar a de outro".
O formato de 100 Livros... o recomenda para livro de cabeceira. Ir passando, aos poucos, os artigos de menos de 10 páginas para cada obra apresentada, facilita a leitura numa época de pouco tempo disponível. Para quem ainda tem paixão pelos livros, dificilmente terminará este sem a curiosidade despertada para alguma obra que recebeu o comentário inteligente de Seymour-Smith.
Nestes últimos anos tenho viajado constantemente e uma coisa que não deixo faltar na minha bagagem é um livro. Procuro chegar aos aeroportos bem antes do horário marcado e os frades me perguntam o porquê de tanta pressa: O motivo é que em todos os aeroportos tiro um tempo para visitar as livrarias para olhar os últimos lançamentos publicados. É muito difícil entrar em uma livraria e não comprar um livro. Às vezes fico atordoado e em dúvida diante de tantas opções, mas como não tenho condições financeiras de comprar e nem de ler todos eles, estou sempre à procura das melhores opções.
Outro dia visitando uma destas livrarias de aeroportos, um livro me chamou a atenção: “Os 100 Livros que mais influenciaram a humanidade”. Dei uma olhada superficial e logo de cara me fascinei. É um livro com quase setecentas páginas. Não é um livro para ser lido de uma vez, mas ser saboreado lentamente.
“Os 100 Livros que mais influenciaram a humanidade”, é uma maneira de observar como o conhecimento foi retratado e registrado na maneira mais inteligente de transmiti-lo: a escrita. É claro, que em tempos atuais, dominados que somos pela televisão, quando se diz que uma imagem (ou, pelo menos, um audiovisual) vale mais que mil palavras, a importância do livro pode ser colocada em dúvida. Entretanto, sou da antiga, ainda acho que boas mil palavras valem mais que um milhão de imagens.
O autor, Martin Seymour-Smith, falecido em 1998, aos 70 anos, se sai muito bem na empreitada. Seu livro equilibra a descrição das obras selecionadas, comentando a obra do autor, situando o contexto da época, mais o resumo biográfico do escritor e algumas tiradas sarcásticas em relação às pessoas e outras obras famosas, apesar de sua notória mediocridade. Seymour-Smith nos conduz através da evolução da filosofia, comparando suas propostas e a evolução dos modelos. A partir de 1500, com a aceleração da ciência matemática e da física, ele também se sai bem na apresentação de seus gênios mais ilustres. O retrato abrangente torna saboroso apreciar as querelas entre Leibniz e Newton, ou a dificuldade de Einstein em aceitar o modelo quântico. .
O leitor tem neste livro a oportunidade de verificar a inter-relação entre modelos de pensamento brotando em pessoas e épocas diferentes. Na apresentação de Sobre a Liberdade (1859), de John Stuart Mill, nos deparamos com a discussão do conceito de felicidade geral. Será que a felicidade de cada pessoa ser boa para ela implica que a felicidade de todos é individualmente boa para cada pessoa? Já, Pareto, em 1916, colocando a felicidade em termos econômicos, afirmava que "a economia atingia o máximo de eficiência somente quando era impossível melhorar a situação de um indivíduo sem prejudicar a de outro".
O formato de 100 Livros... o recomenda para livro de cabeceira. Ir passando, aos poucos, os artigos de menos de 10 páginas para cada obra apresentada, facilita a leitura numa época de pouco tempo disponível. Para quem ainda tem paixão pelos livros, dificilmente terminará este sem a curiosidade despertada para alguma obra que recebeu o comentário inteligente de Seymour-Smith.
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