Neste domingo (9), os capitulares visitaram o Convento da Imaculada Conceição, na via Veneto em Roma. Esta é a quarta vez que visito o Convento, a Cripta e a Igreja dos Capuchinhos. As primeiras visitas fui acompanhado de um pequeno grupo e agora retorno com os capitulares. Esta visita ou peregrinação teve o intuito de irmos ao túmulo de São Félix de Cantalício para recordarmos os 300 anos de sua canonização. Ao chegarmos ao convento fomos acolhidos pelos confrades da Província de Roma, que cuidam desse lugar santo e caro à memória capuchinha. Após a Concelebração Eucarística os capitulares visitaram o Convento restaurado, a cripta e o novo museu que está disposto em 8 salas em volta do claustro.
Túmulo de São Félix de Cantalício:
São Felix vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas Constituições da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.
No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu ultimo suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno.
O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de São Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição aonde neste domingo os capitulares vieram em peregrinação.
O Museu:
quadro de Caravaggio
Cada sala do Museu foi exposto uma seção especifica recordando as origens e a vida dos que se inspiraram em São Francisco, recordado num quadro de Caravaggio, e no testemunho exemplar dos Santos capuchinhos. No Museu podem ser admiradas obras de grande valor: antigos textos manuscritos, edições dos primeiros 50 anos da imprensa (1590), ou simples objetos antigos de uso quotidiano, que ressaltam a feliz união entre misticismo e simplicidade de vida, características que aproximaram a Ordem capuchinha do povo.
A cripta, ou ossário, contem os restos de 4.000 freis enterrados entre 1500-1870, um tempo no qual a Igreja Católica permitia enterros embaixo e dentro de igrejas. A cripta subterrânea é dividida em cinco capelas e os ossos são dispostos de forma elaborada, tranformando o espaço em obra de arte. Alguns esqueletos estão intactos e ainda vestidos em hábitos franciscanos.
Uma placa em uma das capelas diz em três línguas: "Aquilo que você são nós éramos; E aquilo que vocês serão nós somos”. Este é um memento mori.
Momento especial da peregrinação:
O Ministro Geral, frei Mauro Johri, descerrou uma placa em homenagem a visita dos capitulares ao Convento dos Capuchinhos (Túmulo de São Felix, Museu e a Cripta). E assim, após um almoço festivo deu-se por encerrada a visita dos capitulares ao Convento da Imaculada Conceição em Roma.
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