Neste conturbado e surpreendente tempo em que vivemos, poucos conseguem ficar totalmente indiferentes diante dos dois eventos que marcam o nosso calendário de forma tão especial: o dia 25 de dezembro e o dia 1º do ano! Ao perguntarmos por que assim acontece, por que consideramos essas comemorações incomuns, por que geram tantas alegrias, inquietudes, euforia ou silenciosa reflexão, ao tentarmos identificar semelhanças entre as duas datas percebemos que há entre elas um forte e valioso vínculo. As duas trazem consigo um expressivo símbolo de recomeço, uma celebração do novo que acontece. O Natal apresenta uma criança na manjedoura, com uma simplicidade provocante, que depois colherá adesões apaixonadas de seguidores. O Cristo que anuncia Paz a todos os homens de boa vontade, por sua vida e ensinamentos, dividirá a história, em antes e depois. O dia 1º do ano, por sua vez, traz também a promessa do novo! O 31 de dezembro, sinal do término de uma caminhada, fecha balanço de vida e de negócios. Adeus, ano velho, cantamos! Feliz Ano Novo, anunciamos!
A vida faz somar dia após dia, ano após ano, criando uma consciência clara de finitude. O Ano Novo, em todos os povos e em todas as línguas, é só anúncio de nova caminhada, de promessa de futuro!
É verdade que a pressa do dia a dia, o cansaço de fim de jornada, a vontade de pôr ponto final no ano, isso e muito mais pode levar-nos à ausência ou redução do significado das duas datas e dos dois eventos que marcam o final do ano. Mas, apesar disso ou por causa disso, importa (re)começar, (re)fazer projetos, (re)alimentar-nos de novos sonhos!..Essa é a vida entregue aos humanos, essa é a vida que nos foi dada para viver!
Ao olharmos o que ocorre ao nosso redor, damo-nos conta do quanto o presente é real e significativo quando o passado já não é e o futuro poderá não ser! Ao fazermos o balanço dos dias, ao listarmos o ativo e o passivo, ao contabilizarmos esperanças e frustrações, ao fecharmos o velho ano e abrirmos o novo, nossos olhos carecem do brilho do amanhecer. O ano de 2013 bate à nossa porta! É hora de pensarmos em boas novas, sem culpa, sabendo que o que fizemos, à época em que o fizemos, foi o melhor! Que nossos fracassos e frustrações, ao lado das nossas conquistas e realizações, sejam também tijolos para a construção mais consciente do mundo em que queremos viver!
Adeus, ano velho, feliz ano novo, irmãos de caminhada!
Máximo Trevisan
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