O Museu de Arte Sacra do
Convento do Carmo, em São Luís, completou no dia 27 de julho, 10 anos de existência.
Fundado em 2007 esta instituição educativo-cultural destinada à preservação da
Memória da tradição religiosa dos frades capuchinhos da Província Capuchinha
Nossa Senhora do Carmo, cuja criação partiu de uma iniciativa minha, quando
ainda era ministro provincial dos frades.
Fui eleito provincial em 2006
e, no ano seguinte em visitas constantes nas fraternidades capuchinhas, fui encontrando
peças sacras e outros objetos que retratavam um pouco a história dos frades em
terras do Maranhão, Pará e Amapá. E, então
tive a ideia de reunir esses objetos em um único espaço dando às pessoas a
oportunidade de conhecer a nossa história.
Sempre quando vou a São Luís
faço questão de ir ao museu. E ao adentrar em seus espaços é como se fizesse
uma viagem ao passado. Algumas peças me lembram do início da Província no ano
de 1894, em que muitos dos que nos antecederam deram à sua própria vida em
favor da missão capuchinha.
Emociona-me quando me lembro do
inicio da construção do museu. O acervo foi primordialmente constituído de
peças encontradas nas diversas paróquias capuchinhas, propus-me a pedir aos
frades essas peças antigas, guardadas e esquecidas pelo tempo, com propósito de
juntar tudo num só lugar e, assim contar a história dos frades capuchinhos do
Maranhão, Pará e Amapá, através desses utensílios e relíquias. Por meio de um
trabalho carinhoso e visionário aos poucos fui coletando as peças sacras e
enriquecendo o acervo. Também paroquianos ofertaram significativas
contribuições em peças e dinheiro para aquisição de outros objetos relacionados
à Arte Sacra.
Seu significativo e rico acervo
é formado por uma expressiva coleção de imaginária, de madeira, gesso, roca,
terracota, vidro, bronze, eruditas e de cunho popular; elaborados paramentos
bordados em ouro, prata e pedrarias; móveis, indumentárias riquíssimas em
detalhes; uma impressionante coleção de estandartes; coleções de medalhas e
terços antigos e crucifixos.
Outras peças, que estão
expostas ao visitante, recebem destaque, como por exemplo: Fotos, medalhas,
estola, Cruz Episcopal, terço, casula, poltronas e homilias do Papa e agora
santo João Paulo II.
No decorrer destes dez anos,
foi realizada uma exposição itinerante e várias exposições temporárias. A exposição itinerante
que significou um dos acontecimentos mais relevantes na vida do Museu foi à
exposição realizada em 16 de maio de 2013, no Centro de Pastoral da Igreja
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Capanema, no Pará, onde
apresentou o tema “400 anos da Presença
dos Missionários Capuchinhos no Brasil”.
Desde que foi inaugurado o
Museu da Igreja do Carmo participa anualmente da Semana Nacional de Museus,
evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que tem
divulgação em todo território nacional. Isso tudo graças a Curadora do Museu,
Maria Iraci Soares Monteiro, que não mede esforços para colocar a instituição a
nível nacional. A ela nossos sinceros agradecimentos.
Os temas das exposições
temporárias estão sempre relacionados com a vida da Igreja e sua vivência da
Fé, podendo assim destacar entre outros, as festas litúrgicas, tradições
culturais, procissões devocionais, presépios, a Paixão de Cristo e santos de
devoção.
O Museu está aberto ao público
de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h
às 18h com entrada franca, podendo ser agendados outros horários para grupos
específicos com a direção do Museu.
Deus seja louvado por esta bela
instituição de arte! Que cada peça de seu acervo faz jus à memória e a história
dos frades capuchinhos nestas terras do Maranhão, Pará e Amapá. Amém e aleluia!
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