O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 25 a 27 de setembro, considerando as eleições municipais do próximo mês de outubro, vem reforçar a importância desse momento para o fortalecimento da democracia brasileira. Estas eleições têm característica própria por desencadear um processo de maior participação em que os candidatos são mais próximos dos eleitores e também por debater questões que atingem de forma direta o cotidiano da vida do povo.

A Igreja louva e aprecia o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, em serviço de todas as pessoas (cf. GS 75). Saudamos, portanto, os candidatos e candidatas que, nesta ótica, apresentam seu nome para concorrer a um cargo eleitoral. Nascido da consciência e do desejo de servir com vistas à construção do bem comum, este gesto corrobora o verdadeiro sentido da atividade política.

Estimulamos os eleitores/as, inclusive os que não têm a obrigação de votar, a comparecerem às urnas no dia das eleições para aí depositar seu voto limpo. O voto, mais que um direito, é um dever do cidadão e expressa sua corresponsabilidade na construção de uma sociedade justa e igualitária. Todos os cidadãos se lembrem do direito e simultaneamente do dever que têm de fazer uso do seu voto livre em vista da promoção do bem comum (cf. GS 75).

A lei que combate a compra de votos (9840/1999) e a lei da Ficha Limpa (135/2010), ambas nascidas da mobilização popular, são instrumentos que têm mostrado sua eficácia na tarefa de impedir os corruptos de ocuparem cargos públicos. A esses instrumentos deve associar-se a consciência de cada eleitor tanto na hora de votar, escolhendo bem seu candidato, quanto na aplicação destas leis, denunciando candidatos, partidos, militantes cuja prática se enquadre no que elas prescrevem.

A vigilância por eleições limpas e transparentes é tarefa de todos, porém, têm especial responsabilidade instituições como a Justiça Eleitoral, nos níveis Federal, Estadual e Municipal, bem como o Ministério Público. Destas instâncias espera-se a plena aplicação das leis que combatem a corrupção eleitoral, fruto do anseio popular. O resgate da ética na política e o fim da corrupção eleitoral merecem nossa permanente atenção.

O político deve cumprir seu mandato, no Executivo ou no Legislativo, para todos, independente das opções ideológicas, partidárias ou qualquer outra legítima opção que cada eleitor possa fazer. Incentivamos a sociedade organizada e cada eleitor em particular, passadas as eleições, a acompanharem a gestão dos eleitos, mantendo o controle social sobre seus mandatos e cobrando deles o cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha. Quanto mais se intensifica a participação popular na gestão pública, tanto mais se assegura a construção de uma sociedade democrática.

As eleições são uma festa da democracia que nasce da paixão política. O recurso à violência, que marca a campanha eleitoral em muitos municípios, é inadmissível: candidatos são adversários, não inimigos. A divisão, alimentada pelo ódio e pela vingança, contradiz o principio evangélico do amor ao próximo e do perdão, fere a dignidade humana e desrespeita as normas básicas da sadia convivência civil, que deve orientar toda militância política. Do contrário, como buscar o bem comum, princípio definidor da política?

A Deus elevemos nossas preces a fim de que as eleições reanimem a esperança do povo brasileiro e que, candidatos e eleitores, juntos, sonhem um país melhor, humano e fraterno, com justiça social.

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria!

Brasília, 27 de setembro de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida

Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva

Arcebispo de São Luís

Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário Geral da CNBB

Túmulo de São Pio

lugar onde São Pio costumava sentar na hora das refeições

Sábado à tarde e domingo vários frades foram a San Giovanni Rotondo em peregrinação ao santuário de São Pio.

Ao chegarmos tivemos uma boa recepção, vigília e a missa da meia-noite presidida pelo Ministro Geral. Na manhã de domingo, participamos de uma missa solene de ação de graças presidida pelo cardeal Ruini, onde houve as boas-vindas aos frades.

Durante o final de semana tivemos ainda a oportunidade de rezarmos no túmulo de São Pio e conhecer um pouco mais de sua vida de santidade e sacrificios. Após este dois dias maravilhosos cada capitular retornou à sua fraternidade levando consigo uma experiência bela e comovente no coração.

Assim deu-se por encerrado o nosso Capítulo Geral. Na terça-feira eu e frei Deusivan voltamos para casa com as bençãos de São Pio de Pietrelcina. Amém e aleluia!

O Ministro Geral, antes do encerramento oficial do Capítulo, dirigiu um agradecimento especial a todos os irmãos que trabalharam para o sucesso do capítulo: os monges, os comitês dos projetos 2006, a comissão que preparou o apreciado "instrumentum laboris", a Comissão Preparatória do Capítulo, as comissões Capítulares, oficiais, pessoal da cozinha, da limpeza, da lavanderia, enfim, todos que de forma direta e indireta colaboraram para o bom êxito desse capítulo.

Ao meio dia (horário de Roma) aconteceu  celebração de conclusão do Capítulo. E, logo em seguida muitos capitulares seguiram em peregrinação ao Santuário de San Giovanni Rotondo para visitarem o túmulo de São Pio. E assim deu-se por encerrado oficialmente o 84° Capítulo Geral da Ordem com a graça de Deus e de São Francisco de Assis. Amém e Aleluia!!!

* Mais tarde publicaremos a peregrinação a San Giovanni Rotondo.

Estamos chegando ao nosso penúltimo dia do 84º Capítulo. Ontem tivemos um dos momentos mais delicado e tenso de todo o capitulo geral, quando os capitulares enfrentaram o Capítulo VIII das Constituições, que trata do Governo da Ordem.

Pela manhã foi feita a apresentação do Capítulo pela Comissão Capitular. O Presidente e o Secretário explicaram as motivações da aceitação de tantas ideias vindas dos grupos e de capitulares. Houve várias intervenções.

A Assembleia votou primeiro alguns pontos preliminares: as Custódias substituem as atuais Vice-Províncias, o Definidor se chamará Conselheiro e o Vigário Geral continuará sendo eleito na modalidade atual. Todas estas decisões implicaram em grandes mudanças na estrutura da ordem.

Ao meio dia tivemos um momento especial de comunhão, com a visita dos Ministros da família franciscana: frei José Carballo Rodriguez, Ministro Geral OFM; frei Michael J. Higgins, Ministro Geral TOR; frei James Puglisi, Presidente da CFI-TOR; Irmã Encarnaçion del Pozo, Ministra Geral OFS; Madre Stefania Monti, Presidente Federal OSC Capuchinhas; frei Giuseppe Piemontese, Custódio do Sacro Convento de Assis, representando o Ministro OFMConv, Marco Tasca. Fizeram uma saudação de augúrio com palavras espontâneas e fraternas. Foram ouvidos com simpatia e reconhecimento.

No almoço houve uma grata surpresa: o Ministro Provincial das Marcas ofertou uma imagem da Madonna de Loreto, ao Ministro Geral e seu Conselho.

Na terça-feira (18) demos inicio as votações. Esse é um procedimento bastante trabalhoso: o Presidente da Comissão apresenta as principais mudanças. Os presidentes das várias classes intervém para pedir esclarecimentos e para declarar o seu parecer. Depois é dado espaço para quaisquer intervenções pessoais. O importante é que todos tenham entendido o texto apresentado. Depois se vota questão por questão após o Secretário do Comitê ler todo o texto. Até o dia 22 de setembro teremos os votos finais, sessão de avaliação e a conclusão dos trabalhos e ao meio dia será celebrada a Santa Missa. E dia 23 (domingo) seguiremos em peregrinação para São Giovanni Rotondo, para visitar o túmulo de Frei Pio. E assim daremos por encerrado o nosso 84° Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. E todos os capitulares retornam para seus país de origem.

Todo o dia de hoje, 17 de setembro, foi dedicado a Audiências públicas. Pela manhã foi a audiência sobre o capítulo VIII e a tarde as dos capítulos VI, IX, X, XI e XII.

Os capitulares têm aproveitado os domingos e os dias livres do Capítulo Geral para visitarem alguns lugares santos para a Ordem Capuchinha. A primeira visita foi à cidade de Assis, onde celebramos no túmulo de São Francisco, a segunda visita foi ao Convento da Imaculada Conceição, no centro de Roma na Via Veneto, onde se encontra o túmulo de São Félix de Cantalício. E neste domingo (16), aproveitamos para conhecer o túmulo de São José de Leonessa na cidade de Leonessa na Itália, aproximadamente a uns 80 km de Roma, uma cidade muito bonita, mas pequena, acho que tem aproximadamente umas 3 mil pessoas. Alguns capitulares não quiseram ir, por este motivo apenas dois ônibus foi o suficiente para transportar os cem frades que se dispuseram a fazer esta peregrinação. Saímos às 8h da manha e quando chegamos à cidade fomos direto para igreja onde estar o túmulo de São José. Tivemos uma palestra de um historiador sobre a importância da figura deste santo para a cidade. E após esta palestra, aconteceu à celebração presidida pelo Ministro Geral, Frei Mauro, que contou com a participação do Bispo Diocesano e do Prefeito da cidade. Além das palavras do Ministro Geral sobre São José tivemos a palavra do Bispo e do Prefeito que enfatizaram a importância da figura de São José e dos capuchinhos para a identidade da cidade.

José nasceu a 8 de Janeiro de 1556 em Leonissa. Quando tinha 16 anos entrou em Rieti na Ordem dos Capuchinhos. Fez o noviciado no pequenino convento de Carcerelle, junto a Assis, onde se exercitou na mais dura penitência. Usando uma típica expressão franciscana, chamava ao seu corpo o "irmão burro" e tratava-o com pouco alimento e as mais diversas privações. Escolheu para si o caminho da humildade e da pobreza.

A 21 de Maio de 1581 foi ordenado sacerdote em Perugia e, em seguida, destinado ao ofício de pregador. No dia 1 de Maio de 1587, com mais dois irmãos chegava a Constantinopla para fundar ali uma Missão.

No Arquivo da Postulação Geral dos Capuchinhos existe um vastíssimo material de manuscritos, pregações,homilias, panegíricas e outros apontamentos de pregação.

Quando tinha 57 anos de idade acabou por ficar doente. Retirou-se para o convento de Amatrice, junto a Rieti. Ali verificaram que ele era vítima de um tumor. Tentaram operá-lo, Deus sabe de que maneira. Foi aquele o seu segundo martírio. Recusou, porém, ser amarrado como sugeriam os médicos. Não se levantou mais da cama. Como anestésico, conservava apenas por longo tempo o crucifixo apertado contra o peito. Era o dia 4 de Fevereiro de 1612 quando entregou a sua alma a Deus. Foi canonizado por Bento XIV a 29 de junho de 1746.

Nesta quarta-feira (12), o Papa Bento XVI nos recebeu em audiência pública na sala Paulo VI. Após a celebração eucarística e louvor em grupos linguísticos, partimos para a cidade do Vaticano.

Em sua saudação, o Papa dirigiu um pensamento para os capitulares, exortando-nos a permanecermos fiéis ao nosso carisma e estarmos prontos para a nova evangelização. No final da audiência, o Ministro Geral, o Vigário Geral e os Definidores Michael Fernandes e Hugo Mejia Morales apresentou-se para prestar uma homenagem ao Santo Padre, oferecendo-lhe uma cópia autenticada do crucifixo que São Lourenço de Brindisi carregava em suas viagens de pregação.

Na parte da tarde, após a hora média, continuamos com as discussões sobre os capítulos apresentados nestes últimos dias. No meio da tarde, houve uma audiência pública sobre "Colaboração Internacional fraterna" (anteriormente "Solidariedade de pessoal). E assim concluimos mais um dia de trabalho.

Neste domingo (9), os capitulares visitaram o Convento da Imaculada Conceição, na via Veneto em Roma. Esta é a quarta vez que visito o Convento, a Cripta e a Igreja dos Capuchinhos.  As primeiras visitas fui acompanhado de um pequeno grupo  e  agora retorno com os capitulares.  Esta visita ou peregrinação teve o intuito de irmos ao túmulo de São Félix de Cantalício para recordarmos os 300 anos de sua canonização. Ao chegarmos ao convento fomos acolhidos pelos confrades da Província de Roma, que cuidam desse lugar santo e caro à memória capuchinha. Após a Concelebração Eucarística os capitulares visitaram o Convento restaurado, a cripta e o novo museu que está disposto em 8 salas em volta do claustro.

O Ministro Geral, frei Mauro Johri, descerrou uma placa em homenagem a visita dos capitulares ao Convento dos Capuchinhos (Túmulo de São Felix, Museu e a Cripta). E assim, após um almoço festivo deu-se por encerrada a visita dos capitulares ao Convento da Imaculada Conceição em Roma.