“O Espírito do Senhor está sobre mim e o Senhor ungiu-me... e enviou-me a levar o óleo da alegria em vez do luto” (Is). Hoje celebro meus vinte e dois anos de padre com o mesmo entusiasmo da minha primeira missa.
A relação íntima entre o ministério sacerdotal e a alegria é um desafio espiritual, pastoral e cultural que somos chamados a enfrentar. Na vida do padre, a falta de alegria o torna sem impulso, sem coragem, sem iniciativa, sem criatividade, com inclinação ao pessimismo, ao mau humor, com medo de tudo e cheio de lamentação. Então, a condição da nossa existência torna-se penosa e pesada para viver. Por isso, somos convidados a ir às fontes da nossa alegria, contemplando a alegria do rosto de Cristo. Não existe coisa mais triste do que encontrar um sacerdote desanimado. Todos os dias peço ao meu bom Deus que me mantenha alegre no meu ministério.
As fontes de minha alegria de ser padre
1. A primeira fonte é a alegria de Jesus, que “exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e àquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11, 27). Este canto do “Magnificat” de Jesus mostra-nos que a fonte profunda da nossa alegria é a participação na alegria de Jesus, na sua intimidade de Filho com o Pai, a alegria de quem sabe ser amado por Deus como filho e escolhido como seu servo e ministro mesmo na sua pequenez e pobreza. É o próprio Jesus que nos introduz no segredo da sua alegria. Aos discípulos, a quem acaba de lavar os pés, confia: “Disse-vos isto para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja perfeita” (Jo 15, 1). Esta é a fonte de toda a outra alegria.
2. Nesta seqüência, uma segunda fonte de alegria é a revelação aos pequeninos, como acabamos de citar. É a alegria de abrir o sentido da vida às almas simples. Para o padre é a alegria da catequese, do anúncio, do conselho espiritual, de uma relação significativa que ajuda as pessoas a descobrir desígnio de Deus, a alegria de uma relação que consola no meio do desânimo ou do desespero.
Nesta linha, fonte de alegria é uma comunidade que caminha bem, como diz S. João na sua 3ª carta “Não tenho maior alegria do que saber que os meus filhos caminham na luz da verdade” (3Jo 4). É a alegria de ver a gente a crescer e progredir nos caminhos do Evangelho.
3. Uma terceira fonte de alegria é o regresso de quem andava perdido. Como diz Jesus em S. Lucas: “Há mais alegria no céu por um só pecador que se converta...” (Lc 15, 7). É a alegria tipicamente apostólica. “Um só” é suficiente para dar grande alegria. Não são as estatísticas a dar-nos alegria, mas o encontro com uma pessoa que quer percorrer um caminho sério de conversão a Jesus. Um só caso é uma manifestação da graça vitoriosa de Cristo.
4. Uma quarta fonte de alegria é paradoxal: a perseverança nas provações e nas perseguições: “Os apóstolos saíram do sinédrio, cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer ultrajes por amor do nome de Jesus” (Act 5, 41). É a alegria na sua expressão limite. As grandes provações e as grandes alegrias andam entrosadas (misturadas) no ministério. É precisamente nas provações que se manifesta em nós a força de Cristo e a alegria como dom do Espírito Santo.
5. Finalmente, uma quinta fonte de alegria são as boas amizades, mútua compreensão, estima e afeto, de apoio mútuo espiritual e material, de colaboração sincera e generosa : “Oh, como é bom e agradável viver unidos como irmãos. É bênção de Deus e vida para sempre” (Sl 139,1).
A alegria é um dom, acontece, não se pode produzir, não se impõe nem encomenda. Desce do alto. É como a paz que brota do coração de Deus. Por isso não há uma receita para ela. É fruto do Espírito Santo.
Louvado seja Deus pelos meus vinte dois anos de sacerdócio e aqui só me resta uma oração a Maria a mãe dos sacerdotes: “E Tu, ó Maria, Mãe cheia da santa alegria, sede para mim todos os dias da minha vida, “causa da nossa alegria”: leva-me a compreender, como Tu nas bodas de Canaã, que só Jesus Ressuscitado é a alegria perfeita; ajuda-me a viver profundamente a alegria do meu ministério e a ser verdadeiro servidor da alegria do Evangelho à Igreja e ao mundo! E que eu, em coro, possa cantar contigo o Magnificat de júbilo de que tu és a solista: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador”!
A relação íntima entre o ministério sacerdotal e a alegria é um desafio espiritual, pastoral e cultural que somos chamados a enfrentar. Na vida do padre, a falta de alegria o torna sem impulso, sem coragem, sem iniciativa, sem criatividade, com inclinação ao pessimismo, ao mau humor, com medo de tudo e cheio de lamentação. Então, a condição da nossa existência torna-se penosa e pesada para viver. Por isso, somos convidados a ir às fontes da nossa alegria, contemplando a alegria do rosto de Cristo. Não existe coisa mais triste do que encontrar um sacerdote desanimado. Todos os dias peço ao meu bom Deus que me mantenha alegre no meu ministério.
As fontes de minha alegria de ser padre
1. A primeira fonte é a alegria de Jesus, que “exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e àquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11, 27). Este canto do “Magnificat” de Jesus mostra-nos que a fonte profunda da nossa alegria é a participação na alegria de Jesus, na sua intimidade de Filho com o Pai, a alegria de quem sabe ser amado por Deus como filho e escolhido como seu servo e ministro mesmo na sua pequenez e pobreza. É o próprio Jesus que nos introduz no segredo da sua alegria. Aos discípulos, a quem acaba de lavar os pés, confia: “Disse-vos isto para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja perfeita” (Jo 15, 1). Esta é a fonte de toda a outra alegria.
2. Nesta seqüência, uma segunda fonte de alegria é a revelação aos pequeninos, como acabamos de citar. É a alegria de abrir o sentido da vida às almas simples. Para o padre é a alegria da catequese, do anúncio, do conselho espiritual, de uma relação significativa que ajuda as pessoas a descobrir desígnio de Deus, a alegria de uma relação que consola no meio do desânimo ou do desespero.
Nesta linha, fonte de alegria é uma comunidade que caminha bem, como diz S. João na sua 3ª carta “Não tenho maior alegria do que saber que os meus filhos caminham na luz da verdade” (3Jo 4). É a alegria de ver a gente a crescer e progredir nos caminhos do Evangelho.
3. Uma terceira fonte de alegria é o regresso de quem andava perdido. Como diz Jesus em S. Lucas: “Há mais alegria no céu por um só pecador que se converta...” (Lc 15, 7). É a alegria tipicamente apostólica. “Um só” é suficiente para dar grande alegria. Não são as estatísticas a dar-nos alegria, mas o encontro com uma pessoa que quer percorrer um caminho sério de conversão a Jesus. Um só caso é uma manifestação da graça vitoriosa de Cristo.
4. Uma quarta fonte de alegria é paradoxal: a perseverança nas provações e nas perseguições: “Os apóstolos saíram do sinédrio, cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer ultrajes por amor do nome de Jesus” (Act 5, 41). É a alegria na sua expressão limite. As grandes provações e as grandes alegrias andam entrosadas (misturadas) no ministério. É precisamente nas provações que se manifesta em nós a força de Cristo e a alegria como dom do Espírito Santo.
5. Finalmente, uma quinta fonte de alegria são as boas amizades, mútua compreensão, estima e afeto, de apoio mútuo espiritual e material, de colaboração sincera e generosa : “Oh, como é bom e agradável viver unidos como irmãos. É bênção de Deus e vida para sempre” (Sl 139,1).
A alegria é um dom, acontece, não se pode produzir, não se impõe nem encomenda. Desce do alto. É como a paz que brota do coração de Deus. Por isso não há uma receita para ela. É fruto do Espírito Santo.
Louvado seja Deus pelos meus vinte dois anos de sacerdócio e aqui só me resta uma oração a Maria a mãe dos sacerdotes: “E Tu, ó Maria, Mãe cheia da santa alegria, sede para mim todos os dias da minha vida, “causa da nossa alegria”: leva-me a compreender, como Tu nas bodas de Canaã, que só Jesus Ressuscitado é a alegria perfeita; ajuda-me a viver profundamente a alegria do meu ministério e a ser verdadeiro servidor da alegria do Evangelho à Igreja e ao mundo! E que eu, em coro, possa cantar contigo o Magnificat de júbilo de que tu és a solista: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador”!
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