Cheguei agora à tarde na cidade de Marabá no Pará, onde estarei visitando os Frades da Fraternidade Nossa Senhora dos Anjos. A estrada de Imperatriz a Marabá era só buraco, pensei que não chegaria ao meu destino devido às péssimas condições de trafegabilidade. A falta de manutenção nas estradas é algo preocupante e as placas de sinalização em vários trechos estão encobertas pelo mato e outras estão danificadas. Será até quando teremos que viajar em estradas assim? Como eu gostaria de um dia poder dirigir em uma estrada bem sinalizada, com o asfalto parecendo um tapete de tão novo e chegar ao meu destino com o carro sem ter quebrado uma peça....sonhos, não custa nada sonhar, quem sabe um dia o meu desejo não se realize. Mas, enquanto isso, terei que enfrentar esta triste realidade e prosseguir viajando e rezando para chegar sã e salvo ao meu próximo destino na próxima semana que será em Belém do Pará.
Um dos trechos da estrada
Um dos trechos da estrada
Frei,
ResponderExcluirInfelizmente para se ter estradas bem sinalizadas e asfalto parecendo tapete, no meu entendimento, faz necessário a parceria público privado, agora temos que destacar que PPP ou concessão às empresas privadas para a execução e exploração de determinado empreendimento só é passível em investimento que possam ser exploradas financeiramente. Logo, pavimentação em rodovias de baixo tráfego, obras de saneamento, drenagem urbana, pavimentação e infraestrutura urbana não são passíveis de exploração pela iniciativa privada.
O que me revolta é que, o Estado finge não saber que obras de infraestrutura podem ser utilizadas estrategicamente como instrumento indutor de desenvolvimento de determinada região. A construção de uma rodovia em um local com forte potencial agrícola pode fazer parte de uma série de ações públicas para estimular o desenvolvimento agrícola local. Logicamente, essa obra dificilmente atrairia alguma empresa privada para construí-la e, posteriormente, explorá-la por intermédio de cobrança de pedágio.
O problema das obras públicas decorre da alta ingerência política na área. E isso nunca irá mudar no nosso Brasil. Dentre os maiores doadores das campanhas eleitorais encontram-se as grandes empreiteras e é lógico que essas doações exigem contra partida.
Tenho fé que, parafraseando um autor que li esses dias, "fazer obras boas, úteis e necessárias voltará a dar votos".