O Cardeal Arcebispo
de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, falou, nesta quinta-feira, 23, à
imprensa sobre a decisão do Papa Francisco de afastá-lo da comissão que
supervisiona o Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco
do Vaticano.
Na Coletiva, Dom Odilo se disse surpreso com a repercussão que o
assunto tomou e disse que faltou compreensão sobre o real papel da comissão.
Explicou que a troca é normal e que o Papa escolheu pessoas que conhece melhor.
“Para alguns, talvez, parece que esta comissão tem competência
administrativa, gerencial, de decisões sobre a própria movimentação de fundos,
assim por diante. O que não é verdade. Essa comissão tem competências muito
restritas, muito próprias, como se prevê no estatuto específico também”,
explicou.
O cardeal de São Paulo disse que não é de hoje que o IOR “está na
berlinda”, mas que a Santa Sé sempre acompanhou a instituição, inclusive com
regras mais rígidas desde Bento XVI.
“Os problemas no IOR não são recentes, ao mesmo tempo, não é
verdade que não estejam sendo acompanhados. A Santa Sé não é irresponsável de
deixar correr as coisas sem cuidar delas”.
Dom Odilo também comentou o anúncio dos novos cardeais, entre
eles, Dom Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, e chamou de “novidade” a
eleição de cardeais para dois países que nunca antes tiveram esses religiosos:
dois na África e um no Haiti.
O arcebispo de São Paulo falou ainda sobre o vídeo ofensivo ao
Cristianismo, produzido pelo site Porta dos Fundos, e reafirmou sua posição de
apoio aos católicos que boicotaram o site.
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