quinta-feira, 3 de julho de 2014

Davi, humilde e escolhido


O homem contemporâneo vive com uma constante dúvida: “Quem sou eu?”. Santa Terezinha nos diz: “Eu sou o que Deus pensa de mim”. E só é possível descobrir o que Ele pensa sobre nós na presença d’Ele. O primeiro chamado do Senhor na vida do homem é a santidade; e ser santo é estar constantemente com o Senhor. O Catecismo da Igreja Católica nos diz que “todos os homens são chamados ao mesmo fim, o próprio Deus” (§1878).

Vivendo na presença do Pai, Ele próprio nos desperta para o questionamento: “Qual a minha vocação?”. Essa é uma resposta que só poderá ser encontrada se estivermos próximos ao Senhor, pois é Ele quem nos chama, e é a Ele que devemos responder. Nesse contexto, Davi nos traz um exemplo de quem andou na presença de Deus e assim correspondeu, com humildade, à escolha do Senhor para sua vida.

No texto de I Samuel 16, 10s, encontramos um detalhe na escolha de Davi como Rei de Israel.“Jessé fez vir seus sete filhos à presença de Samuel, mas Samuel disse: ‘O Senhor não escolheu nenhum desses”’. O número sete na Bíblia faz menção à perfeição. Jessé traz o melhor que tem para oferecer a Deus, mas não chama Davi, pois ele ainda era um menino. Aos olhos humanos, Davi era inapropriado para assumir o reinado. Se continuarmos a leitura, veremos que não é o Pai quem menciona Davi, mas é o profeta quem pergunta: “Todos os seus filhos estão aqui?” (Conf. I Sm 16, 11). Podemos perceber que Davi não era uma opção considerável para seus familiares, mas assim que Samuel o viu, declarou: “Eis o escolhido!”.

Diante dessa seleção do Senhor, Davi permanece pastor de ovelhas, continua servindo a seu pai e a seus irmãos. Mas a maneira como ele responderá aos acontecimentos do seu cotidiano não será o mesmo, pois contará com o auxílio do Espírito Santo, que lhe fora enviado por Deus.

Hoje, quando ouvimos falar de Davi, vemos que é dado ênfase a seu grande reinado; fala-se que ele foi um guerreiro corajoso e vitorioso. Mas é em sua juventude que encontramos o ponto chave de sua vocação. Desde menino, ele esteve, constantemente, na presença do Senhor.

Não sabemos se Davi entendia plenamente o significado da unção que lhe foi dada, mas podemos notar que ele não buscava Deus como um meio de se promover, não procurava idealizar os projetos que o Senhor faria a partir da unção que recebeu do profeta. Nosso personagem não cria expectativas futuras, pois tem um coração humilde e não vive de projeções fantasiosas. Davi dedica-se a desfrutar do presente que o Senhor lhe proporcionou.

É bonito percebermos como Deus é o grande amigo do menino. A Ele Davi dá toda honra e todo mérito, pois sabe de sua pequenez e reconhece que “foi o Senhor quem o livrou das garras do leão e do urso, e também das mãos do filisteu Golias” (Conf. I Sm 17, 37).

Tudo o que vem, depois, na vida de Davi, é uma consequência de estar sempre na presença de Deus. Essa é a vocação primeira para a qual o Senhor chama o pequeno pastor de ovelhas e também nós. Viver uma vida próxima de Deus é o ponto chave para que tenhamos condições de corresponder, e bem, aos projetos do Senhor que vão se apresentando em nossa caminhada.
Davi nos ensina que só um coração humilde e puro pode ser totalmente dócil à escolha de Deus. E essa característica o acompanha por toda a sua vida. Davi é um homem adorador!
Há uma vocação para a qual o Senhor nos convida. Há um lugar onde podemos nos realizar e viver plenamente o dom que somos. Davi nos ajuda a descobrir e a realizar o projeto de Deus em nossa vida; o segredo está em permanecermos no coração do próprio Deus. “Fizeste-nos para ti, escrevia Santo Agostinho, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em ti.” (Confissões 1,1).
Que não tenhamos medo de encarar o desafio que o Senhor nos faz ao nos convidar para o Seu seguimento. É no dia a dia que Ele nos conduz e nos revela o Seu desejo. Para alcançarmos os grandes picos, para o qual o Senhor quer nos levar, precisamos trilhar os pequenos passos que nos cabe. “Não devemos ter medo do que Deus nos pede nas circunstâncias da vida”, nos disse Bento XVI. O alimento que nos sustenta na caminhada é o próprio Deus.
Texto: Paulo Pereira

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