Exemplo do Papa deve ser seguido, indica padre Lombardi

"O Papa e a comunhão da Igreja". Esse é o título do editorial do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, para o informativo semanal Octava Dies, do Centro Televisivo Vaticano (CTV).

No texto, padre Lombardi destaca como a última semana foi repleta de acontecimentos determinantes para a vida da Igreja, bem como o exemplo evangélico dado pelo próprio Papa no confronto com as situações de incompreensão no interior da Igreja.

Leia o editorial

"No decorrer dos últimos dias, as palavras e os atos do Papa foram excepcionalmente intensos e determinantes para a vida da comunidade da Igreja. E é significativo que tenham acontecido em torno das celebrações da solenidade dos Santos Pedro e Paulo, que justamente voltam a propor a nossa atenção à missão confiada por Cristo a Pedro e a seus sucessores para o apoio e orientação da fé da comunidade dos crentes.

Entre as iniciativas tomadas pelo Papa neste dias, ressalta-se a constituição de um dicastério para a promoção da nova evangelização nos países em via de secularização, mas gostaríamos de ressaltar, em particular, seu compromisso pessoal e direto para a união das comunidades da Igreja.

O Papa repetiu várias vezes que os perigos e as tentações mais graves para a Igreja provêm de seu interior. Em tempos difíceis, como os que atravessamos, as tensões induzidas a partir do exterior tornam também mais fácil o surgimento de tensões internas, e isso contribui para aumentar a confusão e a incerteza. As audiências que o Papa desejou, na segunda-feira passada, encontrando os cardeais Schönborn e Sodano, e na quinta ao Bispo emérito de Augsburg, Dom Walter Mixa, demonstram que ele compromete-se, em primeira pessoa, com todo o esforço para sanar as tensões e incompreensões que afligem a comunidade.

"Em um tempo de contrastes e inseguranças, o mundo espera dos cristãos o testemunho comum que esses, com base no seu encontro com o Senhor ressuscitado, são capazes de oferecer e através do qual servem de auxílio uns aos outros, como também a toda a sociedade, para encontrar a via justa rumo ao futuro". Assim conclui o comunicado sobre a audiência de quinta-feira. Esses são os sentimentos do Papa, seu testemunho maravilhosamente evangélico e claro. Devemos segui-lo.