Chegamos ao final de mais um ano e toda a nossa atenção se volta para as festas próprias deste tempo: Natal e Ano Novo. Através deste artigo quero partilhar com você caro leitor algumas reflexões que nos ajudem a celebrar no fervor do espírito tais recorrências.
“Não temais! Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo. Nasceu-vos hoje um salvador, que é o Cristo-Senhor, na cidade de Davi. Isso vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura. E de repente juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste a louvar a Deus” (Lc 2, 10-13). Este é o primeiro anúncio da chegada do Salvador. Aquilo que até então era projetado para o futuro, agora está presente: Hoje! Naquele tão esperado dia a Palavra que até então ressoava aos ouvidos de todos que a escutavam, agora se apresenta em forma humana. Ela irrompe do céu, faz-se carne, é possível não somente escutá-la, mas também vê-la, contemplá-la e de joelhos adorá-la. Deus se faz homem! Esta é a grande verdade: Deus feito carne. “Esse é o Mistério absoluto e a plenitude da graça”, afirma Karl Rahner. Às palavras do anjo os pastores saem em busca da Palavra, acompanhados pelo coro dos anjos e encontram uma criança. Aparentemente nada há de extraordinário, a não ser o fato de ser uma criança pobre, envolta em faixas. Todavia, ali está o mais extraordinário dos acontecimentos; primeiro, porque Deus se fez homem; segundo, porque esse fato provocará uma reviravolta na história da humanidade e se constituirá centro de toda a história.
O teólogo Oscar Cullmann nos faz perceber que o nosso sistema cronológico não inicia de um ponto inicial, mas de um centro. Inicia não no ‘início’ da História, mas num determinado momento dela, a partir do qual o tempo é estruturado em duas partes cronológicas, isto é, num ANTES e num DEPOIS. Com efeito, costumamos dizer: antes de Cristo e depois de Cristo. Isso significa que não são dois tempos, mas um único tempo que coincide com a história e que encontra o centro -tanto em direção ao passado, como em direção ao futuro- num evento concreto: o nascimento de Jesus de Nazaré. O referido “evento concreto” não é somente o centro cronológico da história, mas esse centro se identifica com a história da salvação, encontro de Deus com a humanidade na carne.
São Paulo em sua carta a Tito nos ajuda a compreender este encontro com Jesus Cristo como nosso Salvador. N’Ele, “manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens”. Em Jesus Cristo a salvação é força e bênção de Deus. Celebrar o Natal, porém, é aceitar o desafio de uma mudança de vida e de uma renovação interior. Não há salvação sem conversão. Continua o Apóstolo: “A graça da salvação ensina-nos a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos e a viver com ponderação, justiça e piedade, no mundo presente... Cristo entregou-se por nós, para nos resgatar de toda iniquidade e purificar para si mesmo um povo especialmente seu” (Tit 2, 11-14).
Não há celebração sincera do Natal sem renovação interior e esta sugere a mudança de vida; ela é uma exigência do encontro com Cristo. Estamos chegando ao final do ano e com certeza não faltaram os momentos em que tudo é pesado e nos quais, sem querer, acontece de nos fecharmos em nós mesmos e nos retirarmos da luta. Isso acontece com todos! É importante que nestes dias cada um dedique um tempo para revigorar as energias. Tempo de silêncio, tempo para si mesmo. Tempo que tem o objetivo de viver bem e melhor aquilo que nos propomos..
Concluo minha reflexão expressando os votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo a cada um dos leitores. Ao dirigir-me agora de maneira especial a todo irmão que talvez se encaminhe para o fim do ano com o coração desanimado e ao fazer minhas as palavras de Jesus quando diz: “Levanta-te e caminha!” (Mt 9,5).Vamos festejar, irmãos, vamos celebrar, vamos nos reanimar! Estamos iniciando um novo ano e grandes acontecimentos nos aguardam. Que a luz do presépio que vamos acender em nossas igrejas continue brilhando através da simplicidade da vida, do acolhimento e da vida na Paz!
Feliz Natal e Jubiloso Ano Novo cheio de esperança!
“Não temais! Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo. Nasceu-vos hoje um salvador, que é o Cristo-Senhor, na cidade de Davi. Isso vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa manjedoura. E de repente juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste a louvar a Deus” (Lc 2, 10-13). Este é o primeiro anúncio da chegada do Salvador. Aquilo que até então era projetado para o futuro, agora está presente: Hoje! Naquele tão esperado dia a Palavra que até então ressoava aos ouvidos de todos que a escutavam, agora se apresenta em forma humana. Ela irrompe do céu, faz-se carne, é possível não somente escutá-la, mas também vê-la, contemplá-la e de joelhos adorá-la. Deus se faz homem! Esta é a grande verdade: Deus feito carne. “Esse é o Mistério absoluto e a plenitude da graça”, afirma Karl Rahner. Às palavras do anjo os pastores saem em busca da Palavra, acompanhados pelo coro dos anjos e encontram uma criança. Aparentemente nada há de extraordinário, a não ser o fato de ser uma criança pobre, envolta em faixas. Todavia, ali está o mais extraordinário dos acontecimentos; primeiro, porque Deus se fez homem; segundo, porque esse fato provocará uma reviravolta na história da humanidade e se constituirá centro de toda a história.
O teólogo Oscar Cullmann nos faz perceber que o nosso sistema cronológico não inicia de um ponto inicial, mas de um centro. Inicia não no ‘início’ da História, mas num determinado momento dela, a partir do qual o tempo é estruturado em duas partes cronológicas, isto é, num ANTES e num DEPOIS. Com efeito, costumamos dizer: antes de Cristo e depois de Cristo. Isso significa que não são dois tempos, mas um único tempo que coincide com a história e que encontra o centro -tanto em direção ao passado, como em direção ao futuro- num evento concreto: o nascimento de Jesus de Nazaré. O referido “evento concreto” não é somente o centro cronológico da história, mas esse centro se identifica com a história da salvação, encontro de Deus com a humanidade na carne.
São Paulo em sua carta a Tito nos ajuda a compreender este encontro com Jesus Cristo como nosso Salvador. N’Ele, “manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens”. Em Jesus Cristo a salvação é força e bênção de Deus. Celebrar o Natal, porém, é aceitar o desafio de uma mudança de vida e de uma renovação interior. Não há salvação sem conversão. Continua o Apóstolo: “A graça da salvação ensina-nos a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos e a viver com ponderação, justiça e piedade, no mundo presente... Cristo entregou-se por nós, para nos resgatar de toda iniquidade e purificar para si mesmo um povo especialmente seu” (Tit 2, 11-14).
Não há celebração sincera do Natal sem renovação interior e esta sugere a mudança de vida; ela é uma exigência do encontro com Cristo. Estamos chegando ao final do ano e com certeza não faltaram os momentos em que tudo é pesado e nos quais, sem querer, acontece de nos fecharmos em nós mesmos e nos retirarmos da luta. Isso acontece com todos! É importante que nestes dias cada um dedique um tempo para revigorar as energias. Tempo de silêncio, tempo para si mesmo. Tempo que tem o objetivo de viver bem e melhor aquilo que nos propomos..
Concluo minha reflexão expressando os votos de Feliz Natal e Bom Ano Novo a cada um dos leitores. Ao dirigir-me agora de maneira especial a todo irmão que talvez se encaminhe para o fim do ano com o coração desanimado e ao fazer minhas as palavras de Jesus quando diz: “Levanta-te e caminha!” (Mt 9,5).Vamos festejar, irmãos, vamos celebrar, vamos nos reanimar! Estamos iniciando um novo ano e grandes acontecimentos nos aguardam. Que a luz do presépio que vamos acender em nossas igrejas continue brilhando através da simplicidade da vida, do acolhimento e da vida na Paz!
Feliz Natal e Jubiloso Ano Novo cheio de esperança!
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