Quando estamos à espera que algo aconteça, é o momento em que não temos o nosso destino na mão. A vida resume-se a um caminho pelo bosque, onde, de tempos em tempos encontramos bifurcações, nas quais temos de decidir o nosso destino. Ou vamos por um, ou vamos por outro. Somos nós que decidimos. Mas quando esperamos por uma decisão, tome ela a forma que tomar, sentimo-nos pequenos, inseguros, desorientados. É o momento em que algo ou alguém vai decidir por nós. É o momento em que o nosso próprio destino nos escapa das mãos. Sintomatologicamente, o nosso corpo reage, das mais variadas formas. A verdade é nua e crua: não podemos fazer nada... a não ser esperar.
É inevitável, mas bem ou mal a gente sempre acaba esperando algo. Nem que seja um obrigado. Talvez a vida fosse bem mais simples, lágrimas fossem evitadas e corações fossem poupados se a gente simplesmente não esperasse nada. Mas a gente espera. Espera sempre. Espera pouco. Espera médio. Espera muito. O fato é que a gente espera alguma atitude, algum gesto, nem que seja abanar lá de longe, fazer um sinal de positivo com a cabeça, um sorriso com o olhar, alguma coisa (por menor que seja).
Pacientemente vamos esperando que o tempo traga os nossos desejos amadurecidos e prontos para que se realizem. A vida é uma espera constante, cabe a nós sabermos esperar o momento certo com humildade e sabedoria.
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