“Pois
bem, esse Deus que vós adorais sem conhecer é exatamente aquele que eu vos
anuncio” (Atos dos Apóstolos 17, 23).
Paulo
chega até Atenas no centro do mundo grego, cuja população, com as suas filosofias,
ciência, sabedoria, mas ao mesmo tempo com seu paganismo reinante, adora a
tantos deuses e é presa a mitologias e pensamentos filosóficos. Paulo se faz
grego com os gregos e assume a linguagem dos gregos para anunciar-lhes a Boa
Nova.
É
no meio do areópago que o apóstolo dos gentios utiliza uma didática maravilhosa
para anunciar o Reino de Deus, porque, em meio ao culto a tantos deuses, Paulo
encontra a imagem de um deus desconhecido e usando essa pedagogia é que ele
mostra que esse Deus desconhecido, a quem ele agora está anunciando, um Deus
vivo, um Deus verdadeiro, um Deus que criou todas as coisas, é o Senhor do céu,
da terra, do mar, que enviou Seu Filho, que morreu pelos nossos pecados (cf. At
17, 23ss).
Os
atenienses escutavam maravilhados a pregação de Paulo, mas quando este diz que
Cristo ressuscitou dos mortos, alguns simplesmente caçoavam daquilo que ele diz
e outros simplesmente abandonaram a pregação dele, porque ele anunciou que
Jesus estava vivo, anunciou que Jesus estava ressuscitado! Alguns, porém,
abraçaram a fé, mas a maioria deles não acolhe, não aceita a pregação dele.
É
importante dizer que – tanto naquele mundo paganizado da época de Paulo
como no mundo secularizado dos dias em que nós vivemos – nós precisamos
anunciar, com a mesma eficácia e insistência, que Jesus está vivo, que Jesus
está ressuscitado! Essa é a pregação da Igreja, essa é a pregação do Evangelho,
esse é o testemunho que precisamos levar para o mundo.
Deixe-me
dizer: nem todos vão compreender, nem todos vão aceitar essa verdade, porque,
infelizmente, meus irmãos, por filosofias erradas, por pensamentos deturpados
que penetraram até no meio da nossa fé cristã, muitos deixaram de crer na
ressurreição de Jesus para depositar a fé em religiões e filosofias que até se
dizem cristãs, mas que creem na reencarnação. É preciso, com muita propriedade,
assumir essa verdade de que não existe nenhuma união entre quem crê em
reencarnação e quem crê na ressurreição de Cristo.
A
base da fé cristã, o fundamento da nossa crença, é a ressurreição de Jesus
Cristo, por isso não há espaço para a reencarnação. Nós não temos preconceito,
não discriminamos nem combatemos nenhuma religião, mas nós anunciamos a
verdade! E a verdade da fé em que nós cremos é a da ressurreição de Jesus e, assim,
como Ele ressuscitou, nós também iremos ressuscitar!
Não
precisa ter dúvida nenhuma, a reencarnação é um erro, e um erro grotesco, que
infelizmente toma conta de muitos pensamentos e filosofias; toma conta de
muitos sentimentos. As pessoas dizem: “Não, ali fala de muita coisa boa, prega
a caridade”. Não basta falar de coisa boa ou fazer caridade; a caridade
precisa ser unida à verdade; e a verdade que nós cremos é esta: Jesus está
vivo, Ele está ressuscitado e é nisso que nós cremos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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